Uma investigação recente aponta para irregularidades significativas nas práticas de distribuição de combustíveis no Brasil. Um pool de grandes distribuidoras, representado pelo Instituto Combustível Legal (ICL), está sendo acusado de permitir a venda de um solvente que pode ser utilizado para adulterar gasolina. Essa situação levanta preocupações sérias sobre a qualidade dos combustíveis e a transparência das empresas envolvidas.

Olá, o assunto hoje é curtinho mas muito, muito importante para você que coloca gasolina no seu carro. E fica o alerta: Mesmo após ter sido alertado numerosas vezes, o Instituto Combustível Legal, o conhecido ICL, vem se omitindo sobre um caso muito sério que afeta diretamente o consumidor e o Estado brasileiro.

Para lembrar, o ICL é composto por um pool das maiores distribuidoras do Brasil. Informes de investigadores que chegam à nossa equipe dão conta de que uma grande refinaria localizada no Sul do País, e controlada por empresas filiadas ao Instituto Combustível Legal, teria vendido mais de 100 milhões de litros de solvente que foram utilizados na adulteração de gasolina no Estado de São Paulo.

Esse volume tem capacidade de adulterar, pasme, leitor, mais de 1 bilhão (!!)  de litros de gasolina. Vou repetir, 1 bilhão de litros! Para você ter uma ideia do tamanho do estrago no tanque do seu carro, isso significa a venda total de gasolina de alguns meses em todo o Estado de São Paulo.

O pior é o que se noticia no mercado, segundo fontes que detêm detalhes do caso, que esse solvente está sendo vendido sem  marcação compulsória  – o que poderia impedir a adulteração e é uma exigência da Agência Nacional do Petróleo. Ou seja, o produto já está saindo da refinaria pronto para ser utilizado na adulteração. Agora, segue a questão, Instituto Combustível Legal, cadê você?

Eu sou Leandro Mazzini, faço esse podcast em parceria com Gabriel Garcia e revisão de Isabele Mendes.