Veterinários listam as 6 doenças mais comuns em cachorros; confira
Dentre as enfermidades que acometem os cachorros, algumas doenças são frequentemente vistas nos consultórios veterinários; veja como evitar
atualizado
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Você é pai ou mãe de pet e se preocupa com a saúde do seu cãozinho? As doenças que podem afetar o bem-estar dos cachorros são variadas, entretanto, algumas enfermidades são mais recorrentes, mas possíveis de prevenir e diagnosticar com antecedência.
O Metrópoles entrevistou profissionais da área para elencar quais são as seis enfermidades mais comuns em cachorros, além de apontarem os sintomas e a prevenção adequada.
Confira!
Cinomose
Essa doença viral acomete cães de todas as idades, principalmente os filhotes que não têm o sistema vacinal completo. Segundo Hellen Cristina de Sousa, médica veterinária especialista em ultrassonografia, a transmissão desse vírus ocorre pelo contato com superfícies contaminadas, desde saliva, urina, fezes, brinquedos, cama, cobertor, piso, parede e gramado.
Entre os principais sintomas estão febre, falta de apetite, perda de peso, diarreia e vômito.
Ter o sistema vacinal completo desde filhote é a principal forma de combater a doença. A veterinária alerta, no entanto, que é preciso buscar um local de vacinação de boa procedência, pois o insumo, sem a refrigeração adequada, pode causar a ineficiência da imunização.
Doenças transmitidas por carrapato (erliquiose)
Causada por bactéria, essa doença ocorre com maior facilidade nas temporadas quentes e nas chuvosas. Ela afeta animais de qualquer idade, porte e raça. Apatia, falta de apetite, perda de peso, anemia e febre são os indícios da enfermidade, além da perda de sangue pelo nariz e boca.
A veterinária Hellen Sousa adverte que, quando não tratada, a doença pode levar ao óbito do animal. Entre as principais formas de combater a enfermidade, a profissional pede aos tutores que tenham atenção aos carrapatos, evitem gramas altas, limpem a casa com produtos carrapaticidas — mas, cuidado com aqueles que podem ser tóxicos para os bichinhos —, e até mesmo usem coleiras e produtos antiparasitárias nos animais.
Dermatite (alérgica e atópica)
A dermatite é uma inflamação na pele do animal que ocorre por infecção bacteriana, por agentes fúngicos ou hormonais, carrapato e sarna. Para identificar, os tutores precisam ficar de olho em coceiras, vermelhidão, pus, feridas, descamação, queda de pelo e lambidas recorrentes.
Hellen recomenda, a fim de evitar o quadro, o uso de produtos específicos para cães, como shampoos e condicionadores que são feitos, especificamente, para a pele dos doguinhos. Além de secar bem o pet após o banho, manter a casa limpa (caso a alergia seja à poeira) e ministrar rações hipoalergênicas (se a dermatite for alimentar).
Leptospirose
Causada pela bactéria Leptospira, a infecção ocorre por meio do contato com água ou solo contaminado com a urina de animais infectados, principalmente roedores. Entre os sintomas, é válido ficar atento quanto a quadros febris, diarreia, dores musculares, insuficiência renal e insuficiência hepática.
Para prevenir, a médica veterinária Carla Maion indica a vacinação anual, além de evitar que os cães bebam água de origem desconhecida ou de poças.
Otite
A otite é uma infecção do ouvido causada por bactérias, fungos, ou parasitas como ácaros. De acordo com Carla, a enfermidade pode ocorrer devido ao excesso de umidade, acúmulo de cera e algumas alergias alimentares ou ambientais que podem predispor a coceira na região e, consequentemente, a otite.
Entre os sintomas, destacam-se a vermelhidão no local, secreção, cheiro forte e muita coceira na região. Manter os ouvidos limpos e secos, além de evitar a entrada de água durante o banho são maneiras mais efetivas de prevenção.
Obesidade
Comuns em cães e gatos, mas principalmente em cães, a causa da obesidade é o consumo excessivo de calorias e a falta de exercícios físicos. A obesidade pode levar a complicações como diabetes, problemas articulares, doenças cardíacas e redução da expectativa de vida.
A veterinária Carla aconselha evitar a alimentação inadequada, colocando em prática uma dieta equilibrada e controlada, evitando o excesso de petiscos, que contribuem para o ganho de peso, e consequentemente, para o sobrepeso e a obesidade. Além da adição de exercícios físicos regulares.