Veterinário compartilha detalhes de cirurgia em peixe e viraliza
O médico veterinário Luiz Fernando Guaraná compartilha os cuidados com animais não convencionais, como louva-a-deus, alpacas e peixes
atualizado
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Luiz Fernando Guaraná formou-se na faculdade de medicina veterinária sem a pretensão de trabalhar com os animais que trata hoje — chegava até a ter medo deles. Contudo, hoje, o médico veterinário se especializou em animais não convencionais. Nas redes sociais, ele compartilha a rotina e mostra como é trabalhar com esses bichos.
Na clínica onde o carioca de 30 anos atende, em São Paulo, nada de cães e gatos. A lista de pacientes conta com lhamas, alpacas, jabutis, camaleão, répteis, insetos e tantos outros. Em 2022, um vídeo no qual o profissional compartilha o tratamento inusitado feito em um louva-a-deus viralizou e chamou atenção.
“Sem dúvidas, foi o animal mais inusitado que já pude atender. Não sei se isso acontecerá outra vez, mas tomara que sim”, contou ao portal UOL.
Recentemente, um vídeo de uma cirurgia feita por ele em um peixe ganhou as redes sociais (assista aqui).
Peculiaridades que chamam a atenção
A curiosidade pela rotina do veterinário é demonstrada nos mais de 121 mil seguidores no Instagram e nos comentários das publicações. Entre as perguntas mais frequentes sobre seu trabalho está: “por que cuidar desses animais?”.
“É o valor emocional que o animal representa para a família, e isso a gente não pode subestimar. O significado que aquele animal tem, só aquela família sabe. Não importa se ele não custou nada ou se foi R$ 10 ou R$ 100 mil”, afirmou.
Na avaliação do veterinário, seu conteúdo vem justamente com o intuito de propagar essas informações e quebrar tatus com relação a esses animais.
Outra peculiaridade que sempre chama a atenção no trabalho de Luiz Fernando é o cuidado com os peixes. O profissional detalhou que, embora muitas pessoas os tenham como pet, nem sempre os levam ao veterinário.
Assim como os animais de estimação mais convencionais, os exóticos também passam por exame de sangue, radiografia, ultrassom, diagnóstico, incisão, sutura e pós-operatório.
“É você pegar um paciente e fazer os exames como faz em um cachorro, um gato, um ser humano. Você colhe sangue, pede radiografia, ultrassom. Acho isso normal, porque faz parte do meu dia a dia, mas as pessoas acham inusitado”, detalhou.
Diferente dos cães e gatos, os animais não convencionais têm um diagnóstico mais difícil porque tendem a não demonstrar fragilidade. Quietude excessiva, mudança de coloração e comportamento são sinais a serem observados.
Legalização
Na entrevista ao UOL, o profissional faz questão de salientar a importância das pessoas só criarem os animais não convencionais que estão devidamente legalizados junto aos órgãos ambientais e com autorização do Ibama — o que ele considera uma ferramenta importante no combate ao tráfico de animais.