Veterinária dá sete dicas para receber um novo pet em casa
Com a quarentena, ONGs de todo país registraram um aumento no número de adoções e muitas famílias recebem pela 1ª vez um animal em casa
atualizado
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Com as medidas de isolamento social adotadas em todo o Brasil devido a chegada do novo coronavírus, muitas famílias tomaram a decisão de adotar um pet para ter companhia durante o período da quarentena. Com isso, muitos abrigos espalhadas pelo país têm registrado um aumento no número de adoções de cães e gatos.
A fundadora da ONG Clube do Gato de Brasília, Cecília Prado, contou que o número de adoções aumentou consideravelmente em comparação ao ano passado. “Entre março e abril de 2019 nós recebemos 106 pedidos de adoção, já entre março e abril deste ano tivemos um total de 238 pessoas nos procurando em busca de um pet. Ou seja, de um ano para o outro houve um aumento de quase 125% no número de interessados em adotar um gatinho”, afirma.
A ONG Amigos de São Francisco bateu o recorde de adoção: foram 65 cães e gatos adotados apenas no mês de maio. Por meio de uma publicação no Instagram, o abrigo relatou estar muito feliz com a quantidade de famílias abrindo as portas para novos bichinhos.
E dentre esses adotantes, muitos são tutores de primeira viagem, logo, o Metrópoles conversou com a médica-veterinária Marina Snitcofsky, da Mars PetCare, e reuniu sete dicas para auxiliar na adaptação do animal ao novo lar. Confira:
1 – Escapadinhas
Marina conta que os tutores devem ter muito cuidado com as “escapadinhas” do pet, por isso, a casa ou apartamento precisa ter tela ou grade. “Caso nos primeiros dias o tutor não tenha conseguido providenciar, mantenha portas e janelas fechadas e use elementos de controle, como coleira e guia. Quem possui jardim ou área externa deve verificar muros e portões para garantir que sejam resistentes e altos o suficiente, impedindo que o animal escape”, alerta.
2 – Ensine limites
“Especialmente no período de adaptação, é preciso impor limites para que o pet saiba o que pode e o que não pode fazer, além de ensinar as regras de coexistência (local para fazer as necessidades, para alimentação e para descanso, momento para brincar, passeios, etc). Os primeiros meses de convivência são cruciais para definir o comportamento do animal”, aconselha Marina.
3 – Mudando as coisas de lugar
A veterinária conta que o tutor deve ainda mudar algumas coisas na casa, como o local onde guarda substâncias potencialmente tóxicas. “O dono do pet deve cuidar para que ele possa explorar o ambiente sem correr riscos, por isso o tutor deve manter longe dele remédios, produtos de limpeza, plantas venenosas e alguns alimentos”, pontua.
4 – Adaptação com outros pets
Para aqueles que possuem outros animais em casa, é importante procurar apresentar o novo membro da família gradualmente, sob supervisão, até que todos estejam familiarizados. “Antes de introduzir os pets, forneça locais para dormir e se alimentar separados. As refeições, em particular, podem levar a conflitos em um primeiro momento. No caso dos gatos especificamente, as caixas de areia e os locais para dormir (áreas de isolamento ou refúgio), devem ser únicas para cada animal”.
5 – Apresente o pet para as crianças
“Para quem têm crianças pequenas em casa, é importante ajudá-los a entender que o novo animal de estimação não é um brinquedo, mas sim um ser vivo e que nunca deve ser abordado abruptamente, nem quando estiver dormindo ou descansando. Todas as interações entre as crianças e os pets devem ser feitas sob supervisão de um adulto”, aconselha.
6 – Respeite o espaço do pet
“Nem todos os cães e gatos gostam ou toleram abraços e podem reagir de forma agressiva se foram forçados a receber esses contatos. Quando o pet estiver mais confiante, o tutor pode permitir que novas pessoas possam acariciá-lo, mas sempre sob supervisão”, afirma.
7 – Leve o animal ao veterinário
“Busque a orientação do médico veterinário para saber qual a alimentação adequada para a fase de vida e necessidades do pet. Vale lembrar que ela deve atender às exigências nutricionais de sua idade, porte, estilo de vida e condição de saúde. E procure fazer a vacinação e vermifugação necessária”, finaliza.