Os tutores de cachorro na Alemanha precisam lidar com outros gastos envolvendo os cuidados com o pet que vão além de ração e consultas veterinárias. É preciso também pagar um imposto anual que varia conforme a cidade. No último ano, o país chegou a arrecadar aproximadamente € 421 milhões (cerca de R$ 2,5 bilhões) com essa tributação.

De acordo com informações do jornal francês Les Echos, em Berlim, o imposto anual é de € 120 (R$ 731). Já em Frankfurt, a taxa é de € 102 (R$ 621). O valor pode aumentar para € 180 (R$ 1.097) se o tutor tiver mais de um pet. Não há taxação para “pais” de gatos no país.

O imposto é cobrado quando o cachorro completa três meses de idade, exigindo registro no cadastro canino municipal. Vale citar que a raça influencia diretamente no valor da taxa, com algumas cidades cobrando até € 1.056 (R$ 6.438) por ano. A arrecadação com o imposto cresceu 40% nos últimos dez anos.

De acordo com as informações divulgadas, a prefeitura de Berlim explica que a cobrança de imposto sobre os cachorros ajuda a ter um controle de pets e tutores. Para se ter uma ideia, todo animal nascido na cidade ou trazido para ela precisa obrigatoriamente ser identificado por um chip. Assim, é possível fazer um registro on-line do animal, que custa € 17,50 (R$ 106).

A taxação também facilita a fiscalização sobre os cachorros. O tutor, por exemplo, pode ser multado se não recolher as fezes de seu pet ou se não tiver saquinhos consigo para recolhê-las. Isso pode custar de € 35 a € 250 (de R$ 213 a R$ 1.524).

Há algumas isenções fiscais, como em casos de cachorros-guia, cães que foram resgatados, e tutores desempregados ou de baixa renda. No entanto, além do imposto, é obrigatório possuir um seguro de responsabilidade civil.