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RS registra 1º caso de cruzamento de cão e canídeo da América do Sul

O caso foi divulgado pelo periódico Animals que revelou que o animal se tornou a primeira espécime a ser registrada na América do Sul

atualizado

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Foto colorida de um animal de pelagem marrom - Metrópoles
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Um animal de pelagem escura foi socorrido após ser atropelado em 2021, no município de Vacaria, localizado no estado do Rio Grande do Sul. A aparência da criatura, semelhante a um cão doméstico, chamou a atenção da patrulha ambiental, que o identificou como um canídeo selvagem de alguma espécie de graxaim.

O animal, então, foi levado ao Hospital Veterinário da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) para tratar uma lesão na lateral do abdômen. Depois de se recuperar, a fêmea foi estudada por pesquisadores, que descobriram que ela era um híbrido de cachorro doméstico com canídeo silvestre.

O caso foi divulgado em 3 de agosto, pelo periódico Animals, revelando que o animal se tornou a primeira espécime desse cruzamento a ser registrada na América do Sul. A pesquisa é de autoria de Bruna Szynwelski, Cristina Matzenbacher, Thales de Freitas, Flávia Ferrari e Marcelo Alievi, da UFRGS; e Rafael Kretschmer, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel).

Foto colorida de um animal de pelagem marrom - Metrópoles
Cruzamento de cão e canídeo

Estudo científico

Após o acidente, o animal foi encaminhado para o Centro de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres (Preservas) da UFRGS. Por lá, a médica veterinária Flávia Ferrari percebeu que ele tinha características físicas incompatíveis com as espécies de graxaim. Foi então que ela achou que seria um cão.

A fêmea foi levada para o canil, porém o veterinário do local entrou em contato com Flávia dizendo que o “cão” não estava se alimentando com a comida feita para cachorro, nem apresentava o comportamento desse tipo de animal. Ele ainda pontuou que a criatura tinha uma aparência diferente.

Foto colorida de uma pata de animal - Metrópoles
Patas do animal

“Neste momento, os veterinários decidiram dar pequenos ratinhos ao animal, visto que é um alimento comum e de grande aceitação para graxaims”, disse a veterinária Bruna à revista Galileu. “O animal se alimentou dos ratinhos na mesma hora”.

A equipe resolveu analisar profundamente o animal, utilizando marcadores genéticos e citogenéticos. Com isso, eles encontraram evidências na fêmea de uma mistura entre um graxaim-do-campo (Lycalopex gymnocercus) e um cão doméstico (Canis lupus familiaris).

Hoje, o animal vive no zoológico Mantenedouro São Braz, localizado em Santa Maria.

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