Pulgas e carrapatos na primavera: saiba como proteger o pet
Para conseguir eliminar esses parasitas, é importante manter a higienização do ambiente juntamente com o controle no animal
atualizado
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Com a chegada da primavera, as temperaturas começam a aumentar mesmo com algumas chuvas, tornando o ambiente mais úmido e propício para a proliferação de carrapatos. Os ectoparasitas, como pulgas, carrapatos e mosquitos adoram esse tipo de clima, logo, podem colocar a saúde dos animais em risco.
Os carrapatos podem transmitir Erlichia, Babesia e Anaplasma, por exemplo, que causam a comum e grave doença do carrapato. O animal infectado pode apresentar perda de apetite, fraqueza, febre e anemia grave. Já as pulgas também podem transmitir o Mycoplasma, que causa sinais semelhantes a doença do carrapato e pode ser bem grave em gatos.
Segundo a veterinária Camila Maximiano, alguns animais podem apresentar dermatite alérgica à picada de ectoparasitas, onde só uma picada de pulga ou carrapato pode desencadear sinais clínicos como a irritação da pele, coceira e queda de pelos.
“Além de provocar incômodo nos pets, as picadas de insetos podem transmitir doenças como a leishmaniose. A leishmaniose visceral é um problema de saúde pública cuja importância tem sido mais intensamente destacada nos últimos anos por ser uma doença zoonótica, ou seja, pode ser transmitida aos humanos”, explica Camila.
Por vezes, só o contato com o ectoparasita já causa alguma doença, por isso, o controle desses insetos no ambiente é muito importante e não deve ser focado apenas nos animais. Cerca de 95% das pulgas e carrapatos estão presentes no ambiente em forma de ovos, larvas e ninfas, sendo que apenas 5% estão nos animais. Dessa forma, para conseguir eliminar esses parasitas, é importante a realização da higienização do ambiente juntamente com o controle no animal.
Camila informa que para higienizar o local, o tutor pode aplicar inseticidas capazes de eliminar pulgas e carrapatos nas casinhas dos cães, frestas, paredes, tapetes, pisos e ralos. Em caso de infestação o processo de aplicação deve ser repetido a cada 15 dias e realizado no mínimo de três a quatro vezes, para interferir no desenvolvimento e ciclo de vida do parasita.
“É muito importante fazer uma troca do tipo de produto, pois isso dificulta a resistência por parte das pulgas e carrapatos, fazendo com que eles não se acostumem com o produto usado. E a limpeza de ambiente com pesticidas não deve ser apenas em algumas épocas do ano, elas devem ser feitas pelo menos três vezes ao ano”, ressalta a veterinária.
No animal, algumas medidas simples podem ser tomadas, como a utilização de produtos e coleiras próprios contra pulgas, carrapatos, mosquitos e vermes. O tutor também deve manter os pelos dos pets aparados e limpos. Camila orienta os donos dos bichinhos a evitarem passear ou deixar os animais em locais onde existe a infestação.
“Não medique ou aplique remédios por conta própria ou que não são indicadas para cães e gatos, pois o risco de intoxicação é grande. Os riscos de infestação e contato com ectoparasitas são individuais e o controle deve ser indicado por um médico veterinário após uma avaliação. A higienização do pet deve ser frequente, mas o uso de coleiras apenas deve ser feito quando o tutor nota a presença de ectoparasitas no ambiente”, conclui Camila Maximiano.