O que fazer se o seu pet estiver soltando pelo em excesso
Os animais de estimação podem apresentar maiores quedas de pelo em determinados períodos do ano; veterinários explicam o fenômeno
atualizado
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Todo ano, um pesadelo em comum pode “surgir” para os tutores de cães e gatos: os resquícios de pelo dos pets. Quem tem um animalzinho em casa já deve ter percebido que eles acabam soltando uma quantidade maior de pelo em épocas específicas — e isso ocorre devido à influencia da trocas das estações.
Os cães e gatos têm um ciclo natural de troca de pelagem, conhecida como muda sazonal. Segundo a veterinária Caroline Fanceli, os períodos em que os animais de estimação soltam mais pelos coincidem com as trocas de estação, especialmente na primavera e no outono. “É o que os prepara para as mudanças climáticas”, explica.
Na primavera, os animais perdem a pelagem mais densa de inverno para se adaptarem ao clima mais quente. No outono, eles soltam o pelo mais leve de verão para dar lugar à pelagem mais espessa, que os protege do frio que vem na temporada seguinte.
Fanceli descreve que a queda de pelo também está associada à luz solar, especificamente ao fotoperíodo (quantidade de luz diária). Os pets que têm maior acesso a ambientes externos, com exposição natural ao sol, têm mudas mais intensas nesses períodos. Os que vivem dentro de casa, com luz artificial, podem soltar pelos de forma mais constante durante o ano.
De acordo com veterinário Thiago Borba, a troca da pelagem dos animais de estimação é o resultado de mudanças evolutivas. A troca de pelo surgiu como uma solução para que as diferentes raças pudessem enfrentar melhor as mudanças relacionadas ao clima. “Foi uma forma de adaptação desenvolvida em séculos de evolução”, afirma.
Entretanto, nem sempre a troca de pelagem está associada à sazonalidade. Fanceli alerta que a perda excessiva de pelo pode ser um sinal de condições de saúde, a exemplo das dermatites, distúrbios hormonais e nutricionais, estresse e entre outros. “É importante consultar um veterinário para saber se a troca de pelo é sazonal ou se tem alguma patologia envolvida”, adverte.