Mulher deixa filhos em segurança e volta à Ucrânia para salvar cães
A ativista voltou para o país com o propósito de resgatar cachorros abandonados e controla cerca de sete viveiros agora
atualizado
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Em meio à guerra da Ucrânia, muitas pessoas deixaram o país e levaram os pets, mas outros acabaram não conseguindo entrar em outros países com os bichinhos. Uma ucraniana resolveu arriscar a vida e ficar no país para salvar cachorros abandonados.
Marina Dilly é mãe e enviou os filhos para passarem o período de guerra em segurança na Polônia. Enquanto isso, ela voltou ao abrigo que administra, Shelter Friend Ukraine, para cuidar dos bichinhos e recolher outros que se perderam ou foram abandonados nas ruas. Além de animais que se machucaram nos bombardeios.
Ela revelou ao The Mirror que recolheu centenas de animais nos últimos 13 dias. “As pessoas continuam deixando os animais. Recebi muitas ligações de pessoas que deixaram cães acorrentados, trancados em aldeias ou casas de veraneio”, contou.
Marina contou que os criadores de animais também acabam levando os bichinhos para ela cuidar antes de sair do país. Embora ela se esforce para cuidar bem dos animais, Marina contou que os suprimentos podem acabar em breve e precisa de comida, cobertores e remédios para os cães.
“O Shelter Friend Ukraine está se mantendo vivo. Agora estou recolhendo todos os animais que as pessoas estão deixando e vejo nas ruas. Estamos superlotados, mas continuamos ajudando”, afirmou.
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Leis de imigração
Deixar os animais na Ucrânia nem sempre é uma escolha dos donos. Na verdade, cada país próximo tem uma regra para a entrada de animais, como é o caso do Reino Unido. Atualmente o território exige que os cachorros sejam vacinados, microchipados e tenham comprovante de teste recente negativo para raiva.
De acordo com o The Mirror, o People for the Ethical Treatment of Animals (PETA) tem pressionado o Reino Unido a relaxar essas leis. Isso porque é muito difícil que os tutores consigam apresentar tudo que é pedido na hora da imigração em meio à uma guerra.
Outros países vizinhos, como Romênia, Polônia e Hungria, abriram as fronteiras para os pets. As autoridades polonesas chegaram inclusive a financiar acomodação e vacinação para os bichinhos.
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