Morre Kiska, a “orca mais solitária do mundo”, aos 47 anos
A baleia vivia há 44 anos em cativeiro e estava sozinha desde 2018. Ela morreu de infecção bacteriana
atualizado
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Kiska, conhecida como a “orca mais solitária do mundo”, morreu na última sexta-feira (10/3) no parque Marineland, em Niagara Falls, no Canadá.
Ela tinha 47 anos e morreu por infecção bacteriana. “A equipe de cuidados com mamíferos marinhos de Marineland e os especialistas fizeram todo o possível para dar conforto a Kiska e lamentam a perda”, afirmou a direção do parque.
A baleia vivia completamente solitária desde 2018, quando seu último companheiro de cativeiro morreu. A orca foi capturada no mar da Islândia em outubro de 1979, aos dois anos. Depois, Kiska foi vendida para o Parque Marineland, no Canadá, onde servia como atração para os visitantes.
Nas redes sociais, organizações e ex-adestradores lamentaram o falecimento. “Lembremo-nos de seu sacrifício pela mudança. Ela era uma garota incrível”, afirmou, em suas redes sociais, o adestrador Phil Demers.
A organização Animal Justice lembrou que as condições que ela vivia não eram adequadas. “As orcas são animais incrivelmente sociais, mas Kiska já não tinha ninguém ao seu lado há tempos e sofria de uma solidão agonizante, bem como da falta de espaço e estímulo mental em seu pequeno tanque estéril”, destacou o grupo, em nota.
Fim da prática
A morte da baleia também marca o fim das orcas mantidas em cativeiro em todo o Canadá. Uma lei aprovada em 2019 proíbe que baleias, golfinhos, orcas e botos sejam mantidos em cativeiro. A violação desta lei pode acarretar em multa de até R$ 1 milhão.