Médicos revelam quais pets podem ter doenças oculares e como prevenir
A campanha Junho Violeta foi criada para conscientizar os tutores sobre a ocorrência de doenças oculares em pets
atualizado
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O mês de junho é marcado pela campanha Junho Violeta, que alerta para a prevenção e conscientização quanto às doenças oculares em pets. Apesar de não ser algo amplamente divulgado, os animais de estimação também podem desenvolver doenças como o glaucoma, conjuntivite e até mesmo catarata.
O Metrópoles, então, entrevistou experts para falar sobre as doenças mais frequentes, e o que fazer para identificar ou prevenir esses quadros.
Segundo Mário Falcão, especialista em oftalmologia veterinária de pequenos animais, o objetivo da campanha é colocar uma luz sobre a possibilidade desse tipo de doença nos pets.
“Os animais dependem diretamente da observação dos seus donos. Sintomas como olhos avermelhados, excesso de secreção e lacrimação, o esfregar e coçar frequentemente dos olhos, mudança de aparência do olho, necessitam de um diagnóstico”, inicia.
O médico explica, ainda, que os sintomas muitas vezes são associados à conjuntivite, porém, podem ser apenas indícios de outras doenças frequentes encontradas nos animais, como o glaucoma, catarata, a síndrome do olho seco e alterações retinianas.
Ele revela alguns sinais que devem ligar o alerta dos “pais” de pets, como mudança de coloração do olho e do comportamento visual do paciente, como a dificuldade de subir e descer da cama, parar de brincar ou buscar o brinquedo, ou de encontrar petiscos e se bater nas coisas. “Além da fotofobia e incômodo com a luz”, diz Falcão.
O especialista em oftalmologia reforça que, ao perceber qualquer um desses sintomas, o ideal é levar o mais rápido possível para uma avaliação. O diagnóstico tardio pode gerar sequelas graves, como a perda parcial ou total da visão.
A médica veterinária Carla Maion, especializada em nutrição, explicou que a prevenção de doenças como úlcera de córnea, glaucoma e outras se dá por meio de cuidados regulares com a saúde ocular, além de visitas frequentes ao veterinário. “Evite ar-condicionado se o seu pet tiver olhos mais expostos ou menor produção lacrimal; atente-se a pets com problemas de pele que eventualmente podem coçar a face e lesionar os olhos”, acrescenta.
Outra forma seria manter os olhos dos pets limpos e livres de detritos, além de minimizar a exposição a substâncias irritantes e proteger os olhos de traumas. “Nutrição adequada, rica em antioxidantes e ácidos graxos ômega 3, promove a saúde ocular. A literatura científica aponta que dietas ricas em antioxidantes podem reduzir o risco de doenças oculares em até 20%”, elucida Maion.
As raças de cães com maior predisposição a doenças oculares, segundo a médica, são os cocker spaniel, poodle, shih tzu, lhasa apso, golden retriever e labrador retrievera. “Além dos bulldogs e pugs que, devido à anatomia facial, são predispostos a úlceras de córnea e outros problemas oculares”, especifica.
Já nos felinos, as raças como persa e himalaia têm maior risco de desenvolver doenças oculares devido às suas características faciais braquicefálicas. “Raças como o siamês também podem ser predispostas a problemas como estrabismo e atrofia progressiva da retina”, finaliza a médica.