Julho Dourado: o que você precisa saber sobre a vacinação do seu pet
Julho Dourado é uma campanha de conscientização acerca da importância da vacinação e prevenção de zoonoses em animais de estimação
atualizado
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Com a chegada do mês de julho, uma importante campanha lança luz sobre a vacinação dos animais domésticos. A ação Julho Dourado traz o lembrete de imunizar os pets contra as zoonoses, que, segundo o médico veterinário Thiago Borba, além de possuírem um alto grau de contaminação, colocam a vida dos bichinhos e dos tutores em risco.
O Metrópoles entrevistou profissionais da área para explicar como funciona a contaminação, quais as vacinas mais importantes e os efeitos colaterais possíveis. Segundo Mário Falcão, médico veterinário especialista em oftalmologia do Centro Veterinário da Visão, os animais correm riscos diários de transmissão de muitas doenças.
A partilha de tigelas de água ou comida infectada, o contato com outros animais infectados ou com fezes na rua não coletadas por tutores, além da própria exposição a vírus ou bactérias no meio ambiente, podem trazer sérias enfermidades para os animais. Por isso, Falcão elencou as três vacinas essenciais para evitar as doenças com maior risco de transmissão:
- Antirrábica: sendo a primeira dose aplicada aos 6 meses de idade, a imunização contra raiva é obrigatória para gatos e cães. O reforço deve ocorrer anualmente. E, de acordo com Thiago Borba, é essencial para os pets que convivem em grandes campos/áreas rurais.
- Déctupla ou óctupla canina: também chamada de V8, que previne a cinomose, uma das doenças mais frequentes nos cachorros. Além de hepatite infecciosa, leptospirose e outras. Mário Falcão acrescentou que outro benefício da vacina é a prevenção da cegueira que pode ser causada pelo vírus da cinomose.
- Tríplice, quádruplas ou quíntupla felina: essa vacina previne as duas doenças respiratórias mais comuns nos felinos, a Rinotraqueíte e a Calicivirose. Assim como auxilia na imunização contra a leucemia felina.
Entretanto, vacinar apenas uma vez não é o suficiente para imunizar os pets. As doses de reforço também são essenciais nesse processo. Mário Falcão explica que, com o tempo, os níveis de anticorpos produzidos pela vacinação inicial diminuem, e as doses de reforço ajudam a aumentar esses níveis e garantir proteção contínua. “Esse nível de concentração de anticorpos pode variar de vacina para vacina”, pontuou.
Assim como a vacinação humana, a dos animais domésticos possui algumas reações, porém, não são efeitos colaterais muito fortes. De acordo com Thiago Borba, o efeitos colaterais provocados pela vacina são seguros, sendo os mais comuns: indisposição, febre leve e falta de apetite. “Eles podem ser resolvidos com uma medicação para controle de dor e temperatura”, tranquilizou Borba.