Homem é desmascarado após fingir ser pastor e interagir com leões
Em vídeo publicado nas redes sociais, o “pastor Daniel” alegava “proteção divina” ao interagir com leões de um zoológico na África
atualizado
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Um homem, identificado como “pastor Daniel”, viralizou nas redes sociais ao ser flagrado entrando em uma jaula com leões de um zoológico na África. Ele alegava “proteção divina” ao interagir com os reis da selva. Porém, tudo não passa de uma farsa, já que ele não é um líder religioso e, sim, um tratador de animais.
A ideia do homem era recriar a cena bíblica de Daniel na cova dos leões. Por isso, ele fingiu ser um “pastor” de uma igreja para provar seus “poderes divinos”. No vídeo (assista aqui), é possível ver o rapaz brincando com os animais, chegando a colocar a mão dentro da boca de um deles.
Do lado de fora do viveiro, uma pequena multidão assistia à cena. “O pastor Daniel trouxe os membros da sua igreja para lhes mostrar que nada pode acontecer a um homem de Deus”, escreveu um usuário nigeriano no Instagram. Outras pessoas também publicaram o vídeo.
De acordo com a BBC News, a publicação foi amplamente compartilhada nos últimos dias em Gana e na Nigéria, mas parece ter origem na Somália. Após a repercussão, muitas pessoas ficaram curiosas com a situação. Um membro do parlamento queniano até lançou um desafio ao suposto líder religioso.
“Eu me ofereço para levá-lo ao Maasai Mara [parque nacional], por favor, com todas as despesas pagas. Procuramos os leões e ele pode passear com eles”, disse Ronaldo Karauri.
A grande farsa
Embora muitas pessoas acreditem no poder divino do “pastor”, ele não passa de um tratador de animais. Em uma pesquisa, a BBC News achou um vídeo de 2021, que mostra o homem em um parque turístico na capital da Somália. O recinto dos leões tinha as mesmas características do local exibido no vídeo atual.
Identificado como Mohamed Abdirahman Mohamed, o tratador de animais do zoológico trabalha no parque há mais de oito anos. Inclusive, há diversos outros vídeos dele com os leões, um deles postado em março deste ano. Ou seja, tudo não passou de uma “mentirinha”.