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Especialistas revelam como lidar com o luto pela perda de um cão

As emoções sentidas durante os estágios de luto por um animal de estimação podem ser complexas, e precisam de atenção

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Imagem colorida de tutor beijando a cabeça do cachorro
1 de 1 Imagem colorida de tutor beijando a cabeça do cachorro - Foto: Getty Images

A perda de um animal de estimação, assim como a de um ente querido, é um evento traumático para muitos tutores de pets, e pode trazer intensas respostas emocionais de luto.

De acordo com a psicóloga especialista em saúde mental Marcelle Alfinito, os cães são considerados membros da família e “desempenham um papel emocional significativo na vida de seus tutores”.

Pessoas que têm uma relação afetiva mais profunda com seus animais podem até mesmo desenvolver um quadro depressivo, quando ignorado os estágios iniciais do luto.

Segundo o psiquiatra Marcos Gebara, presidente da Associação Psiquiátrica do Estado do RJ, os cachorros podem ser fundamentais na vida dos indivíduos e, como tal, sua ausência desperta sentimentos que precisam ser monitorados com atenção.

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É preciso ter cuidado com a saúde bucal dos animais

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Alfinito explica que os estágios são manifestados de formas similares aos da perda de um ente humano, ou seja, a negação, raiva, barganha, a depressão e a aceitação fazem parte do escopo de emoções vivenciadas pelos tutores. “O estágio depressivo é o período mais longo do processo de luto, podendo levar mais de 12 meses em adultos ou 6 meses em crianças e adolescentes”, afirma.

Apesar da complexidade das emoções envolvidas na perda, é possível passar por ela de forma saudável.

Entretanto, mesmo que muitos tutores considerem a adoção de um novo animal de estimação, a psicóloga Marcelle Alfinito adverte que é importante saber que tentar colocar um novo pet de imediato para substituir o anterior não é a melhor opção. “Esse comportamento acaba tendo um efeito contrário: o prolongamento do processo de luto”, esclarece.

O ideal indicado pela especialista é se permitir sentir as emoções, por mais difíceis que elas pareçam. Entre as possíveis práticas que facilitariam o processo do luto, estão:

Permitir-se sentir e validar suas emoções

É essencial não negar ou minimizar os sentimentos de dor. “A aceitação e a validação do luto são passos importantes”, afirma Alfinito.

Compartilhar a perda com outros

O simples ato de conversar com amigos e familiares e desabafar sobre o assunto já pode auxiliar no alívio da dor.

Criar rituais de despedida

De acordo com Alfinito, realizar um memorial, plantar uma árvore em memória do pet ou guardar um objeto simbólico pode ajudar no processo de aceitação.

Praticar o autocuidado

Cuidar de si, fisicamente ou emocionalmente, é importante durante o processo, “evitando se isolar e mantendo uma rotina saudável”, reitera a psicóloga.

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