Entenda por que seu pet gosta de “perseguir” os brinquedos em casa
É da natureza dos pets, tanto gatos quanto cachorros, essa “mania de perseguição” dos brinquedos. Entenda!
atualizado
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Alguma vez você já se perguntou o porquê dos animais de estimação gostarem tanto de ir atrás dos brinquedos durante as interações? A busca constante pelo objeto inanimado pode ter uma resposta tanto no instinto de caça, quanto na socialização entre pets e seres humanos.
De acordo com o artigo Ciência animal: O instinto de caça que faz cães e gatos gostarem tanto de brincar de buscar, publicado na revista The Conversation, assim como os gatos são conhecidos como caçadores de perseguição, se aproximando sorrateiramente das presas para atacar no momento oportuno, os cães também teriam uma sequência típica de comportamentos predatórios – sendo alterada pelo desenvolvimento das raças.
Nesse contexto, os brinquedos simulariam o papel das antigas “presas”. Segundo a médica veterinária Ana Carolina Mattos, o ato de trazer de volta o objeto para o tutor também é uma referência à caça, uma vez que os animais traziam de volta aquilo que era caçado. “Para obter como retorno uma recompensa ou vantagem”, detalha Mattos. De modo que esse estímulo acaba reforçando os laços entre a família e os bichinhos.
No caso dos felinos, os traços instintivos se mostram ainda mais evidentes, uma vez que os gatos ainda estão passando pelo processo de socialização. “Eles mantêm praticamente todos os repertórios deles referentes à época e ao momento da evolução em que eles viviam na natureza”, esclarece Fernanda Rossi, médica veterinária do Grupo Hospitalar Pet Support.
De acordo com a profissional, essa perseguição dos brinquedos pelos bichanos resulta do fato deles manterem características típicas do instinto de caça. A veterinária explica que, antes da socialização, os gatos faziam tocaia das presas para poderem se alimentar.
Já os cães expressam maior repertório nos comportamentos e brincadeiras com os tutores. Isso porque, na convivência com os seres humanos, foram ensinados a eles novos comportamentos. “Os cachorros foram percebendo que esses comportamentos resultavam em uma maior interação com o ser humano”, afirma Fernanda.
Além disso, eles assimilaram que tal relação e dinâmica envolvia um ganho na forma de petisco, carinho ou elogio. Assim, os cachorros ampliaram o repertório no decorrer do processo de domesticação.