É verdade que cachorro que late não morde? Entenda as ameaças caninas
O ditado popular “cachorro que late não morde” é tradicional e milenar. Contudo, será que se aplica à realidade dos cães? Entenda!
atualizado
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O provérbio “cachorro que late não morde” é muito antigo, o que demonstra que ele tem um fundo de verdade. Geralmente, ele é usado por pessoas que fazem muitas ameaças, mas não tomam qualquer atitude prática: fazem barulho, mas não chegam às vias de fato.
O senador e historiador romano Quintus Curtius Rufus, que viveu no século 1º da Era Comum, usou a expressão em sua obra sobre a vida e as conquistas de Alexandre Magno (356-328 AEC). A biografia chegou incompleta até nós (apenas oito dos dez volumes foram preservados), mas o autor se refere a Dario 3º, rei da Pérsia, como “um cão que late, mas não morde”.
O significado
A expressão, portanto, com o mesmo significado atual, já era bastante popular entre os romanos — o senador Rufus foi provavelmente contemporâneo dos imperadores Cláudio e Nero. Dizer, referindo-se a uma pessoa qualquer, que “cachorro que late não morde” equivale a afirmar que esse alguém não cumpre as ameaças que profere.
É o mesmo que afirmar: “Fulano é um bravateiro”, que não tem força nem atitude para chegar às vias de faro. É alguém que faz muito barulho, mas não chega a representar uma ameaça real e preocupante. É uma aposta, na verdade, já que ninguém tem bola de cristal para prever o futuro.
Quando se toma o ditado literalmente, aplicando-o aos cachorros, a história pode ser bem diferente. É preciso atenção e cuidado.
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