Doenças oculares: o tutor deve estar atento à saúde dos pets
Os problemas nos olhos mais comuns entre os bichinhos são: glaucoma, úlcera na córnea, catarata, uveíte e conjuntivite
atualizado
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Ir regularmente ao oftalmologista é algo comum para as pessoas. Mas quando o assunto são os pets, o cuidado com os olhos não é tão frequente. E as doenças oculares em cães e gatos costumam ser mais comuns do que imaginamos, por isso, é necessário estar atento a sintomas como: vermelhidão nos globos, secreção ocular, olhos fechados e sensibilidade à luz.
As cinco doenças oculares mais recorrentes entre os pets são: glaucoma, úlcera na córnea, catarata, uveíte e conjuntivite. A maioria delas tem tratamento e algumas requerem intervenções cirúrgicas. Por esse motivo, é necessário que o dono do animal procure levá-lo regularmente ao veterinário oftalmologista.
O médico-veterinário especialista em oftalmologia veterinária, Anderson Gouveia, afirma que a maioria dos tutores só lembra de levar o pet a um especialista quando o animal está com problemas oftalmológicos graves, como em casos de cegueiras irreversíveis, que poderiam ter sido evitadas e tratadas com consultas e diagnósticos prévios.
“A consulta com o veterinário especializado é essencial. O animal passa por testes em equipamentos específicos que conseguem identificar as estruturas internas do olho. Assim, conseguimos avaliar a qualidade lacrimal, detectar alterações oculares, podendo proporcionar um bom diagnóstico e tratamento”
Alguns cães de raças específicas naturalmente têm os olhos mais expostos, como os Pugs, Shih tzus, Buldogues e Boxers. Esses animais têm mais facilidade de desenvolver problemas oculares e os tutores devem estar sempre atentos. De acordo com Anderson, as úlceras de córnea e as uveítes são mais comuns em cães, já as conjuntivites aparecem mais em gatos.
“Os gatos costumam apresentar conjuntivites que podem ser bacterianas ou virais, mas estas não são transmitidas ao homem nem aos cães. Muitas vezes ficam restritas ao próprio animal e se não são tratadas de forma correta podem levar o animal à cegueira”, aponta o especialista.
Mariana Guimarães é psicóloga e tem três cachorros da raça cocker. Um dos bichinhos ficou cego aos sete anos de idade. A tutora admite que achava que alguns sinais, como o lacrimejamento nos olhos, era normal da raça. Ao decorrer do tempo, ela percebeu que os olhos do animal estavam com algumas manchas brancas, um dos principais sintomas da catarata.
“Eu até cheguei a levá-la ao veterinário, mas na época me disseram que se tratava apenas de uma infecção e receitaram um colírio. Depois de algum tempo, fomos em outro veterinário e descobri que era catarata, mas era tarde demais. A Luna já havia perdido 50% da visão”, lamenta.
A estudante Clara Martins levou um susto no dia em que seu gato Cookie acordou com os olhos totalmente grudados e sem conseguir abri-los. Imediatamente, a jovem passou um algodão com soro.
Assim que o gatinho abriu os olhos, ela percebeu que eles estavam vermelhos. “Quando o levei ao veterinário descobri que ele estava com conjuntivite e que a doença foi causada pela secura do clima. O Cookie também estava com a imunidade muito baixa. Além do uso do colírio, foi necessário tomar algumas vitaminas e aminoácidos para melhorar o quadro”, relembra.