Descubra por que a raça dos cães de Jeff Machado atraiu a polícia
O ator foi encontrado morto após uma ONG achar os cães dele perdidos na rua. Jeff Machado tinha oito pets da raça setter
atualizado
Compartilhar notícia
Os cães de Jeff Machado foram importantes para a resolução do desaparecimento do ator, morto aos 44 anos. Nessa segunda-feira (22/5), a polícia do Rio de Janeiro solucionou o sumiço do artista ao encontrar os restos mortais dele queimados e concretados em um baú, enterrado em um buraco de dois metros de profundidade, graças à localização de seus oito cachorros, todos da raça setter, abandonados nas ruas após o crime — ainda em investigação.
Alto e de aparência elegante, o setter tem pelagem lisa e comprida, característica que o diferencia e contribuiu para a solução do caso de Jeff. Afinal, a raça irlandesa é rara no Brasil e despertou a atenção da polícia. Ao investigarem a presença de oito animais iguais nas ruas de Santa Cruz, bairro na Zona Oeste do Rio, agentes conseguiram ligar os pets ao ator e, então, passaram a investigar o desaparecimento dele.
Todos os pets de Jeff, que trabalhava na TV Record, têm nomes de ídolos da MPB, como Cazuza e Vinícius de Moraes. A raça faz parte de um grupo de cães conhecido como gun dog, formado por linhagens específicas que auxiliam ou foram criadas para ajudar caçadores de aves.
Os cachorros do tipo são de médio porte. A altura de um adulto varia entre 55 e 70 centímetros. Há quatro tipos de setter. São eles: setter inglês, setter irlandês, setter irlandês vermelho e branco e gordon setter. A raça é descrita como brincalhona, agitada e amigável. A expectativa de vida dos animais é de até 14 anos.
Queridinhos dos presidentes dos EUA
Pela beleza, bem como pelas habilidades de caça, os cachorros da raça eram os queridinhos de presidentes dos Estados Unidos. Na década de 1920, Franklin Roosevelt teve um setter inglês. Winks, como era chamado, foi um grande companheiro do político na Casa Branca.
Outro presidente que se deixou encantar pela raça foi Harry Trumam, que teve um setter irlandês apelidado de Mike. Richard Nixon também criou um peludo anos mais tarde. O pet era chamado de King Tomahoe.
Eram proibidos para pessoas “comuns”
Era ilegal que pessoas “comuns” tivessem um setter como animal de caça ou de estimação no início do século XVII; somente a nobreza podia criar esse tipo de cachorro. A proibição aconteceu porque acreditava-se que, a partir do momento em que pessoas “ordinárias” o criassem, o controle sobre a linhagem dos cães seria perdido, com prováveis cruzamentos híbridos e, consequentemente, o enfraquecimento da raça.
Raros e caros
Segundo o site DogHero, um filhote de setter pode chegar a R$ 2,3 mil.