Curiosidade: quanto tempo dura o cio das cadelas e dos cães?
O período é complicado para os pets e tutores, pois acaba gerando alterações físicas e comportamentais difíceis de serem controlados
atualizado
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O cio é um período complicado para os pets e também para os tutores. É nesta fase que os cachorros se encontram em um estado de receptividade sexual, que acaba gerando alterações físicas e comportamentais bastante difíceis de serem controladas. De acordo com uma lista feita pelo portal CyberPet, o cio em cães é o quinto tema mais pesquisado por tutores no Google.
Em um bate-papo com o Metrópoles, a médica-veterinária, Camila Maximiano, respondeu dúvidas em relação ao cio nos cães e cadelas, como, por exemplo: por quanto tempo dura o cio?
De acordo com a veterinária, o cio das fêmeas (e dos machos!) é diferente. O cio dos cães não é cíclico e ocorre apenas na presença de uma fêmea no cio, no entanto os machos estarão sempre dispostos a acasalar. Já as fêmeas possuem um cio cíclico e podem emprenhar apenas no período fértil. Saiba mais:
1- Como funciona o cio das cadelas?
De acordo com Camila, o cio das cadelas pode ocorrer a cada seis meses, mas às vezes pode vem apenas uma vez ao ano, mas não é regra, tudo depende de cada animal. E o período pode causar mudanças comportamentais.
“O cio da cadela consiste em duas partes, o proestro que é a fase do sangramento, e o diestro que é quando ela fica fértil e realmente pode emprenhar. Essa fase de sangramento, pode durar até 15 dias, já o período da fertilidade dura de 3 a 10 dias. E nesse momento ocorre o aumento da vulva e ela pode ficar mais agitada, agressiva e querer mais atenção do tutor”, explica.
2 – Os cães têm cio?
Camila esclarece que o cio dos cães é diferente e eles tendem a ter mudanças comportamentais mais bruscas, como uma demarcação exagerada de território. Além disso, os cães começam a atingir a maturidade sexual após os seis meses de idade.
“O macho tem um cio, mas não é cíclico, ele é induzido pela presença de uma fêmea no cio. E a fêmea não precisa estar no mesmo ambiente para despertar o cio no macho, eles conseguem ter essa percepção a quilômetros de distância. E eles têm uma mudança de comportamento mais perceptiva, pois começam a demarcar território e podem até tentar ir atrás da fêmea”, conta.
3 – O cio faz mal aos pets?
O cio não causa mal aos cães e cadelas, no entanto, as alterações comportamentais e hormonais geradas por ele podem prejudicar o animal. Camila conta que o cio gera um falta de controle nos cães e eles podem fugir e se machucar. Nas cadelas, podem ter como consequência até mesmo a gravidez psicológica.
“O cão consegue farejar a fêmea e eles tentam fugir para cruzar, logo, podem se machucar e até sumir durante o percurso. E quando não cruzam, as cadelas podem desenvolver mastite, infecção uterina e até mesmo gravidez psicológica entre os cios. Além disso, a cruza entre animais que vivem na rua podem transmitir o tumor venéreo transmissível, então o tutor deve ficar atento. O cio em si não faz mal, mas suas consequências sim”, alerta.
4 – Como lidar com o cio?
Para Camila, a melhor forma de lidar com o cio em cadelas e cães é por meio da castração. A veterinária explica que a castração evita os problemas comportamentais e protege o animal de doenças relacionadas ao ciclo reprodutivo, como tumores, infecções e até mesmo o câncer em machos. E quanto mais cedo a castração, mais saudáveis os animais vão ser.
“A castração evita muitos problemas de saúde e as alterações comportamentais, como fuga, agressividade e marcação de território. Além disso, impede uma ninhada indesejada. Muitos tutores acham que não cruzar é um problema para o animal, mas não é. A frustração sexual do pet é o verdadeiro contratempo, além de ser o principal causador dos problemas comportamentais nos cães e cadelas. Então, ao castrar o animal a pessoa evita tudo isso”, finaliza.