Criador de corgis no DF cita curiosidades sobre raça amada pela rainha
Amor de Elizabeth II pelos bichinhos aumentou a procura pela raça em todo o mundo. Em Brasília, valor de filhote chega a R$ 27 mil
atualizado
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A relação de Elizabeth II com os cães da raça corgi é longínqua. A toda-poderosa da Inglaterra ganhou o primeiro filhote dos pais aos 18 anos e, desde então, foi tutora de mais de 30. Ela é tão apegada aos mascotinhos que levou um deles a tiracolo para a lua-de-mel com o príncipe Phillip, falecido recentemente. O mais novo pet da rainha, aliás, foi dado pelas netas Beatrice e Eugenie com intuito de amenizar a saudade profunda que ela sente do marido.
Além da imagem atrelada à realeza britânica, os corgis têm se tornado uma das raças mais cobiçadas do mundo graças aos memes. Os animais de perninhas curtas e bumbum avantajado são sucesso absoluto na internet.
Para saber mais sobre essas adoráveis criaturas, o Metrópoles conversou com Bernardo Prieto, brasiliense que já recebeu o título de melhor criador de corgis do Brasil. No bate-papo, o profissional revelou curiosidades sobre a espécie, bem como os cuidados necessários para que os bichinhos vivam como reis.
Curiosidades
“Menor dos cães de pastoreio, os corgis têm temperamento dócil e são extremamente inteligentes. Vivem bem até os 12 anos e são muito companheiros. Adoram passear e se dão muito bem em casas com crianças”, declara Bernardo, que teve contato com a raça pela primeira vez em uma exposição de cães em São Paulo.
“Foi amor à primeira vista. Ao pesquisar sobre a raça, me encantei ainda mais. O cachorro é extremamente inteligente e tem um excelente senso de direção. Não à toa, é usado como guia durante as caças da realeza”, comenta.
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À época em que o brasiliense adquiriu o primeiro pet, a raça era pouco conhecida. “Os corgis sempre foram raros, mas não eram tão cobiçados em 2006. Foram os memes e o amor da rainha pelos bichinhos que transformaram a raça no sucesso de hoje”, afirma.
Bernardo conquistou o título de melhor criador de corgis do Brasil em 2009. A honraria foi dada pela Confederação Brasileira de Cinofilia (CBKC). O cão que rendeu o reconhecimento ao profissional foi Chasse Richard (Igor), de 2 anos, 30 cm e 15 kg.
Cuidados essenciais
Segundo o criador, os corgis precisam basicamente de dois cuidados especiais: escovação diária dos pelos e passeios prolongados.
“Caminhadas de ao menos 1h por dia são recomendadas para que os cãezinhos não tenham problemas futuros na coluna e nas articulações”, orienta.
Como ter um corgi para chamar de seu
Na casa em que vive no Lago Sul, Bernardo construiu um berçário para receber os novos filhotes. “Sou especializado em aprimoramento genético e não busco enriquecer com a venda dos animais. Por isso, as minhas cadelas têm ninhadas apenas uma vez por ano”, conta.
O profissional, que tem o apoio do Kennel Club de Brasília e da Pro Plan, uma das maiores marcas de ração do mundo, conta que o preço dos cães varia de R$ 10 mil a R$ 27 mil. “Como a venda costuma acontecer em tempo recorde, recomendo entrar em contato o mais rápido possível para encomendar um filhote”, aconselha o criador, que já chegou a exportar animais para os Estados Unidos. “Com toda a cautela e documentação necessária”, garante.
A próxima ninhada dele está prevista para o segundo semestre de 2022.
Outros canis também comercializam a raça no Brasil, entre eles, Magic Grove, em São Paulo (SP); e Belo Vale, em Salvador (BA).
Castração e proteção dos animais
Os animais de Bernardo são vendidos castrados. “Sou completamente a favor da castração para a proteção dos corgis. Com ela, nós, criadores, conseguimos evitar cruzamentos entre raças diferentes e reproduções em massa, que desvalorizam e favorecem o abandono dos animais”, defende.
O brasiliense ainda afirma que, apesar de vender cachorros raros, apoia feiras de adoção. “Os protetores de animais costumam ser contra os criadores e vice-versa, mas sou contra radicalismos. Comercializo animais e apoio feiras de adoção”.
Apaixonado por bichos desde o primeiro ano de vida, quando ganhou um jabuti dos pais, o profissional também tem em casa outras raças de cachorro e animais exóticos, como macacos, araras e papagaios. “Todos legalizados”, tranquiliza. A fonte principal de renda dele não vem dos animais. “Sou empresário e paisagista. Criar pets é apenas um hobby (que se paga) para mim”, finaliza.
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