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Conheça o trabalho de ONGs que protegem a fauna do Cerrado brasiliense

Que tal aproveitar o aniversário de Brasília para ajudar na preservação da fauna do Cerrado? Confira ONGs do DF que atuam na área

atualizado

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Tamanduá
1 de 1 Tamanduá - Foto: Getty Images

O Cerrado é considerado o “berço das águas” no Brasil, onde estão as nascentes das maiores bacias hidrográficas do país. Indo além, o bioma também abriga mais de 320 mil espécies de animais, que ocupam cerca de 22% do território nacional, incluindo o Distrito Federal.

Em Brasília, a ocupação de áreas remanescentes no centro e entorno dificultou o movimento das espécies e a manutenção de processos ecológicos. Territórios indígenas – que são, inclusive, vitais para manter o cerrado em pé -, vivem sob constantes ameaças de condomínios de alto padrão da capital.

Segundo maior bioma brasileiro, o Cerrado ocupa 22% do território nacional

O que sobrou do Cerrado brasiliense está praticamente restrito às áreas de preservação, como o Parque Nacional de Brasília, o Jardim Botânico de Brasília e a reserva ecológica do IBGE. Manter o bioma vivo tem sido um grande desafio, que exige muita resistência e dedicação da sociedade.

Para celebrar os 63 anos de Brasília, comemorado nesta sexta-feira (21/4), o Metrópoles separou três ONGs do DF que se dedicam a proteger a fauna do Cerrado brasiliense. Que tal aproveitar o aniversário da cidade para ajudar na preservação desse importante bioma brasileiro?

A Vida no Cerrado

Idealizada em 2020, a Vida no Cerrado é uma associação que busca conscientizar a importância ecológica do bioma para a sociedade. O movimento surgiu a partir da inquietação de jovens universitários com os desmontes das políticas de proteção ambiental e a crescente degradação do bioma cerrado.

“O desconhecimento da população em relação ao cerrado faz com que ele tenha a reputação de um bioma feio, vazio de biodiversidade e, portanto, descartável. Um dos nossos objetivos sociais é fazer ações de educação socioambiental para conscientizar a população sobre a importância da fauna e flora do cerrado”, explica o fundador, Cayo Alcântara, ao Metrópoles.

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Idealizada em 2020, o movimento surgiu com a união de jovens
Além das ações de de proteção ambiental, a Vida no Cerrado também produz diversos conteúdos nas redes sociais sobre os animais do cerrado
O Urubu-rei é uma das espécies do bioma
Cayo Alcântara representando a ONG no V Congresso Paulista de Ciências Biológicas, em São José do Rio Preto, em 2022
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Parte da equipe reunida em Brasília para aprovar o Estatuto Social da ONG

@avidanocerrado/Instagram/Reprodução
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Idealizada em 2020, o movimento surgiu com a união de jovens

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Além das ações de de proteção ambiental, a Vida no Cerrado também produz diversos conteúdos nas redes sociais sobre os animais do cerrado

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O Urubu-rei é uma das espécies do bioma

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Cayo Alcântara representando a ONG no V Congresso Paulista de Ciências Biológicas, em São José do Rio Preto, em 2022

@avidanocerrado/Instagram/Reprodução

A divulgação científica é grande aliada. Isso porque a ONG promove ações de educação socioambiental com base em pesquisas na área. Arrecadação, administração e desembolso de fundos para a conservação do meio ambiente, incluindo a fauna, são algumas das iniciativas da associação.

No site oficial, é possível acessar diversos conteúdos sobre o Cerrado, bem como a divulgação dos resultados e metodologias dos estudos científicos. Independentemente da complexidade do assunto, a Vida no Cerrado tem como missão impedir que a savana mais biodiversa do mundo seja negligenciada.

“Entendemos que a conservação do Cerrado vai ser efetiva quando a população entender a grandeza do bioma e quando tivermos políticas ambientais efetivas. É nestas duas frentes que temos trabalho. Igualmente, estamos na luta pela aprovação da PEC 504/10, que transforma o cerrado e a caatinga em Patrimônio Nacional“, afirma o também diretor executivo da ONG.

Jaguaracambé

No sentido contrário à destruição do meio ambiente, a ONG Jaguaracambé trabalha na proteção e recuperação do Cerrado. O principal objetivo do movimento, que surgiu em 2021, é a preservação da biodiversidade, o que implica na luta pela conservação do máximo de espécies possível.

O cerrado é o bioma brasileiro que possui a menor porcentagem de áreas sobre proteção integral. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, apenas 8,21% do território está legalmente protegido. Por isso, a ONG atua em diferentes linhas de pesquisa para conscientizar a importância da manutenção da biodiversidade.

Jaguaracambé
A ONG Jaguaracambé é composta por técnicos e pesquisadores que executam projetos interligados em linhas de pesquisa

“Temos o projeto de avaliação sanitária, no qual são realizadas expedições para captura de carnívoros silvestres em áreas de conservação. Há também o monitoramento da fauna do DF e ações de educação ambiental, onde comunicamos a sociedade sobre a importância da conservação das espécies”, explica a equipe do instituto, ao Metrópoles.

Uma outra linha de pesquisa envolve a reabilitação e soltura de animais na natureza. Atualmente, uma fêmea de lobo-guará foi devolvida ao cerrado depois de anos de preparação. Pequi, como é chamada, está sendo monitorada, através do colar GPS, para garantir sua segurança durante o período de adaptação.

Instituto Cerrados

Estudos apontam que 20% das espécies de animais no Cerrado são exclusivas do bioma e, pelo menos, 130 delas estão ameaçadas de extinção. Foi com o intuito de conter esses números e, consequentemente, conservar o bioma que o Instituto Cerrados surgiu.

Fundada em 2011, a ONG busca proteger as áreas mais sensíveis do bioma, criando reservas ou promovendo o uso sustentável. Uma das estratégias do instituto é contribuir para o combate ao desmatamento e queimadas do bioma, que afetam diversos animais da região.

“O Suindara (Sistema de Alerta de Queimadas e Desmatamento) contribui, em tempo real, para uma tomada de decisão mais assertiva frente ao combate de incêndios não programados e desmatamento em territórios protegidos”, evidencia a ONG, em seu site oficial.

O Instituto Cerrados também atua na divulgação de informações e conteúdos sobre conservação e uso sustentável do cerrado. Por meio do projeto Elos do Cerrado, o movimento promove um espaço para o diálogo e troca de conhecimento sobre desafios e soluções para a proteção da fauna e flora do bioma.

Saiba como ajudar

A Vida no Cerrado

Uma forma de ajudar o movimento A Vida no Cerrado é por meio do voluntariado. A admissão de novos membros acontece semestralmente mediante processo público de seleção. Acompanhe o Instagram (@avidanocerrado) para mais informações.

Jaguaracambé

A ONG Jaguaracambé está recebendo doações para continuar contribuindo para a preservação da biodiversidade do cerrado. Para mais informações, acesse https://jaguaracambe.org/#apoie.

Instituto Cerrados

As doações realizadas ao Instituto Cerrados serão direcionadas ao funcionamento da organização, projetos e parcerias. Mais informações podem ser acessadas pelo site https://cerrados.org/querodoar.

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