Colômbia pagará milhões para remover hipopótamos de Escobar do país
Os hipopótamos pertenciam a Pablo Escobar e vão ser exportados para a Índia e o México, em uma tentativa de melhorar o ecossistema local
atualizado
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Parece surreal, mas não é: a Colômbia precisa lidar com uma população de 70 hipopótamos que vivem soltos pelo país. Os animais pertenciam a Pablo Escobar, fundador do cartel de drogas de Medellín, e vão ser exportados para a Índia e o México, em uma tentativa de melhorar o ecossistema local. A exportação, no entanto, custará cerca de US$ 3,5 milhões, o equivalente a R$ 17 milhões de reais.
As autoridades da Colômbia planejam capturar e mover quase metade dos hipopótamos nos próximos meses. Enquanto 10 deles têm como destino ao Santuário de Ostok, que fica ao norte do México, 60 serão levados a uma instalação ainda sem nome na Índia, segundo informou o jornal britânico The Guardian.
“Toda a operação deve custar cerca de US$ 3,5 milhões”, disse o proprietário do Santuário de Ostok, Ernesto Zazueta.
Ele e o governador colombiano da região pretendem atrair os animais com iscas para os cercados, onde ficarão presos até serem colocados em caixotes especiais para a transferência.
Na década de 1980, Pablo Escobar importou um macho e três fêmeas para sua coleção de animais silvestres. Após a sua morte, em 1993, as autoridades realocaram algumas das espécies que ele mantinha, mas não os hipopótamos. O motivo é que os animais são difíceis de capturar e transportar.
Foi então que eles povoaram a região de Magdalena Medio, uma savana de clima quente cercada por rios, pântanos e brejos.
Devido ao cenário favorável, eles são considerados o maior rebanho da espécie fora da África, chegando a pesar duas ou três toneladas. As autoridades ambientais da área ainda registraram dois ataques contra moradores em 2021.
Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que o governo da Colômbia tenta lidar com o problema. Em 2009, as autoridades tentaram exterminar os hipopótamos da região, mas desistiram do plano quando uma foto de um grupo de caçadores com um cadáver da espécie foi divulgada nas redes sociais.