Clínica em Brasília oferece tratamento com célula-tronco para pets
Localizada no Jardim Botânico, a Clínica Afetto oferece fisioterapia associada à aplicação de célula-tronco para recuperar os bichinhos
atualizado
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O Centro de Reabilitação Afetto, em Brasília, tem realizado verdadeiros milagres para pais e mães de pet do Distrito Federal. Por meio de um tratamento de última geração, a veterinária Ana Flávia Gonçalves pode ajudar cachorros e gatos a se recuperarem de lesões e paralisias sem precisar de procedimentos cirúrgicos ou técnicas invasivas.
Em Brasília, a médica detém a primeira unidade da franquia Mundo à Parte, considerada a maior rede de fisioterapia veterinária do mundo. Ao Metrópoles, a profissional elencou uma série de benefícios da utilização de célula-tronco associada à fisioterapia intensiva para tratar os pets.
“Meu objetivo é oferecer qualidade de vida para esse bichinho que pode estar sofrendo de alguma doença crônica e/ou degenerativa”, conta.
Há quase uma década no ramo da veterinária, Ana Flavia decidiu se especializar no tratamento celular por entender que a condição de saúde dos bichinhos ia muito além do “tratamento da doença”.
“Muitos animais são parte da família e, após algum tempo em clínicas veterinárias, percebi a necessidade de um tratamento mais humanizado para eles”, conta.
Em seu consultório, os bichinhos são tratados como gente grande. Majoritariamente focado na reabilitação dos pets, o tratamento com célula-tronco é utilizado para reverter quadros graves de doenças que podem atingir diversos sistemas, sendo o foco as lesões ortopédicas e neurológicas.
Condições como artrose em cães e gatos, hérnia de disco, sequela neurológica da cinomose, traumas medulares, paralisia das patas, displasia coxofemoral e várias outras podem ser tratadas na Afetto com um tratamento pouco invasivo e praticamente indolor para o bichinho.
O milagre do tratamento
A combinação do tratamento celular com a fisioterapia pode trazer um resultado rápido e eficaz para o pet. “Isso faz com que o bichinho ganhe mais alguns meses de vida e também pode evitar que ele passe por um procedimento cirúrgico”, revela.
Um case de sucesso da veterinária à frente do local é a Mia, uma gatinha de cor branca acinzentada encontrada na rua, com as patinhas traseiras completamente paralisadas. No caso dela, Ana Flavia conta que, após a realização de procedimento cirúrgico devido a uma fratura na coluna, as sessões de fisioterapia foram fundamentais para tratar a lesão medular que a impedia de andar. Com a resposta rápida ao tratamento, Mia deu seus primeiros passinhos com pouco mais de um mês.
“Cada caso é avaliado de forma individual. No caso da Mia, por exemplo, o uso da célula-tronco não foi necessário porque a fisioterapia trouxe um resultado rápido para ela”, salienta.
Ao chegar na Afetto, tutor e bichinho passam por uma consulta para entender qual o tratamento ideal para tratar o animal. Há sessões de acupuntura, hidroterapia, magnetoterapia, eletroterapia, infrasom e aplicação de célula-tronco.
No caso do tratamento celular, Ana explica que é feita uma média de três aplicações de injeções da célula (de acordo com a necessidade e porte do bichinho), com intervalo de 21 dias. Com apenas 15 dias da primeira aplicação, o pet já percebe os resultados.
Entre os efeitos, estão a diminuição do desconforto e da dor, recuperação do apetite, retorno dos movimentos e até a locomoção.
Veja os primeiros passinhos de Mia:
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Custos do tratamento
Realizado apenas em animais no Brasil, o tratamento celular custa, em média, R$ 1,5 mil cada aplicação de células-tronco (valor que varia de acordo com o peso do bichinho e a doença a ser tratada). Quanto à fisioterapia, Ana conta que o valor dos pacotes com 14 sessões (que têm duração de até três meses) exige o investimento de, em média, R$ 1,8 mil.
“É preciso considerar que esse tratamento pode evitar que o cachorro ou gato passe por um tratamento cirúrgico que pode ser bem mais caro e requer maiores cuidados. É questão de qualidade de vida do bichinho”, ressalta a médica à frente da Clínica de Reabilitação.