Cães em casamentos: como ter o pet com você no grande dia
Antes de arrancar suspiros e sorrisos com um noivinho pet, é necessário um treinamento especial com um profissional
atualizado
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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem mais cachorros do que crianças em todo o país. A população canina foi estimada em 52,2 milhões, enquanto o número de crianças contabiliza um total de 44,9 milhões. O número impressiona, e confirma a teoria de que os tutores vêem seus cães como filhos, querendo-os por perto em todos os momentos, inclusive em casamentos.
Muitos sonham em ver o “melhor amigo” entrando na igreja para participar do grande dia, com direito à gravata e traje especial.
Antes de arrancar suspiros e sorrisos com um pajem ou daminha pet, é necessário treinamento especial com um profissional. O adestrador da Comportpet, Cleber Santos, tem uma vasta experiência quando o assunto é treinar cães para casamentos. Ele já adestrou cerca de 26 cães, segundo ele é preciso focar no planejamento.
“O mínimo são três meses de treinamento, mas isso pode variar de acordo com a personalidade e comportamento do animal. Há casos de cães que não gostam de interagir com pessoas, então, pedimos seis meses de aulas prévias. Essa avaliação deve ser feita por um profissional, não pelo tutor.”
De acordo com Cleber, a preparação é ideal para que o momento seja prazeroso para o cachorro, em vez de causar estresse. O bichinho precisa se sentir confortável na presença de muita gente.
Além disso, é necessário que o profissional acompanhe o animal dias antes no local da cerimônia, para que o cachorro não se distraia com os cheiros no dia do casamento. Qualquer animal pode ser treinado para o “grande dia”.
“Todas as raças podem entrar, mas algumas precisam de um tempo maior, por conta da personalidade. Raças como o Golden, Labrador e Border Collie são as mais fáceis para o treinamento. Adestrar um cão novo também, porém, nada impede que um animal de dez anos entre na cerimônia”, afirma.
Em alguns casos, os tutores contratam Cleber para acompanhar o animal durante e depois da cerimônia. Além disso, ele fica a par de todos os preparativos e atividades que envolverão o bichinho no dia do casamento.
“Eu geralmente tomo conta desses detalhes e vejo se as condições são ideais para o animal ou não. Tomo conta de tudo junto aos cerimonialistas. É preciso respeitar, também, o limite do animal”, afirma.
Orientar os convidados para que eles não distraíam o cachorrinho na hora da entrada é fundamental. Cleber conta que, certa vez, as pessoas presentes na cerimônia chamaram o cachorro e ele foi para o colo, quando deveriam estar na cerimônia. Ao final, o esforço é válido: o resultado é lindo e os tutores compartilham com seus bichinhos o grande momento, guardando a lembrança para sempre.