Adotar gatos sem pelo ajuda quem tem alergia? Veja o que dizem experts
Por acreditarem que a razão das alegrias seja o pelo dos gatos, muitas pessoas optam por animais sem pelagem. Mas será que isso resolve?
atualizado
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Adotar um gato pode ser o desejo de muitas pessoas. O temperamento independente e a facilidade de lidar com os bichinhos os tornam uma companhia agradável e de fácil convivência. Entretanto, nem todo mundo pode tê-lo em casa.
Pessoas alérgicas a esse animal de estimação acabam sofrendo com as crises induzidas pela mera presença deles. Muitos acreditam que a causa do problema seja o pelo dos felinos, que costuma se espalhar com facilidade pela casa. Nesse caso, a opção de comprar um gatinho da raça sphynx, aquele sem pelagem, parece uma possibilidade para os alérgicos.
Contudo, não se engane. Esse grupo causa alergia tal qual os gatos com pelo.
Ao Metrópoles, a médica veterinária Carla Maion, especializada em nutrição, esclarece que, apesar das pessoas atribuírem a razão das crises alérgicas ao pelo, ele não é o verdadeiro culpado do problema. “A proteína Fel d 1 é o principal alérgeno responsável por desencadear reações alérgicas em humanos. Ela é encontrada na saliva e consequentemente na pele. Quando os gatos se lambem para limpeza, essa proteína transfere-se para a pele e o pelo”, explica. Ou seja, independente da raça, as crises podem continuar ao entrar em contato com os felinos.
A profissional pontua ainda que algumas pessoas podem possuir um grau menor de sensibilidade aos bichanos. “Existem várias proteínas alérgenas associadas aos felinos. A variedade significa que uma pessoa pode ser sensível a um ou mais desses componentes, resultando em diferentes intensidades de reações alérgicas”.
Animais sem pelagem
No caso dos animais sem pelos, se a alergia do tutor for em menor grau, a raça sphynx pode ser uma opção. Devido à pelagem mais curta, a dispersão da proteína “vilã” pela casa é menor do que a dos gatos comuns.
“São gatos que não possuem pelo, logo, é um agente causador de alergia a menos. Algumas pessoas desenvolvem sintomas leves. Sabendo lidar com elas, é possível adotar”, detalha o médico veterinário Thiago Borba.
Os cuidados com esses animais, de forma geral, são os mesmos, porém é preciso ter uma atenção redobrada com a pele dos sphynx, que é mais exposta. “Eles têm o temperamento brincalhão e cheio de energia, são muito apegados aos donos”, acrescenta Borba.
Antes de tudo
Para melhor se adaptar e acolher o bichinho de estimação, o ideal é procurar um médico alergologista ou otorrinolaringologista para descobrir qual o seu nível de alergia e a sensibilidade aos bichanos. “Medicamentos anti-histamínicos e imunoterapia podem ajudar a reduzir a sensibilidade alérgica ao longo do tempo, permitindo uma convivência mais tolerável com gatos” explica Carla Maion.
Caso opte pela raça sphynx, a médica veterinária alerta que o pet precisa de banhos regulares e especiais para remover o excesso de óleo e prevenir problemas de pele, uma vez que a falta de pelo faz com que a oleosidade natural da superfície se acumule mais visivelmente.
