William está “enojado” com insultos racistas a jogadores na Eurocopa
O príncipe William saiu em defesa dos jogadores em uma publicação no Twitter. A seleção inglesa perdeu a Eurocopa 2020
atualizado
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A final da Eurocopa 2020 entre Itália e Inglaterra ocorreu nesse domingo (11/7). Quem saiu vitorioso da partida foi a azzurra, como é conhecida a seleção italiana. Depois de empatarem no 1 a 1, os times tiveram que definir o vencedor nos pênaltis. O grupo inglês perdeu após os jogadores Bukayo Saka, Marcus Rashford e Jadon Sancho não conseguirem marcar gol, o que desencadeou uma série de abusos racistas nas redes sociais. O príncipe William saiu em defesa dos atletas em uma publicação no Twitter.
Na postagem compartilhada na manhã desta segunda-feira (12/7), William condenou os comentários dirigidos aos jogadores da seleção inglesa. “Sinto-me enojado com os insultos racistas depois da partida de domingo. É totalmente inaceitável que os jogadores tenham que suportar este comportamento detestável. Isso tem de acabar agora, e todos os envolvidos devem prestar contas”, escreveu o neto da rainha Elizabeth II.
I am sickened by the racist abuse aimed at England players after last night’s match.
It is totally unacceptable that players have to endure this abhorrent behaviour.
It must stop now and all those involved should be held accountable. W
— The Duke and Duchess of Cambridge (@KensingtonRoyal) July 12, 2021
William assistiu à partida no Estádio de Wembley, na companhia da esposa, Kate Middleton, e do primogênito, o príncipe George. Quando a seleção inglesa abriu o placar, o duque de Cambridge vibrou da arquibancada. Com a derrota, o casal precisou consolar o filho de 7 anos. Segundo na linha sucessória do trono britânico, o irmão de Harry ocupa o cargo de presidente honorário da Football Association, responsável pelo time da Inglaterra.
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As autoridades do país prometeram identificar e punir os responsáveis pelos ataques racistas nas redes sociais. Uma onda de solidariedade surgiu em prol das três vítimas. A conta oficial no Twitter das seleções masculina e feminina inglesa de futebol ofereceu apoio a Saka, Rashford e Sancho: “Estamos aborrecidos que alguns de nosso elenco tenham sido submetidos a abusos discriminatórios on-line após a partida desta noite. Estamos com nossos jogadores”.
Primeiro-ministro inglês, Boris Johnson condenou os insultos por meio de uma publicação no Twitter, mas foi acusado de “dar licença” aos responsáveis por trás das mensagens. O político já fez declarações racistas no passado, segundo o jornal britânico The Mirror. Após o episódio tomar grandes proporções, a polícia metropolitana de Londres afirmou que a série de abusos não será tolerada e terá uma investigação. “Totalmente inaceitável”, escreveram na rede social.
Família real
Em março, o irmão e a cunhada do príncipe William, Harry e Meghan Markle, respectivamente, concederam entrevista à apresentadora Oprah Winfrey. Na conversa, a duquesa de Sussex revelou que um integrante da realeza fez comentários racistas a respeito de “quão escura” seria a pele do filho do casal, Archie. A mãe da criança tem ascendência afro-americana. Após as alegações de preconceito, William quebrou o silêncio dias depois e se pronunciou: “Não somos uma família racista”.
Na entrevista à Oprah, o casal confessou que um dos motivos que os fizeram renunciar aos cargos na monarquia foi a cobertura pesada da imprensa britânica. Segundo Meghan Markle, os conteúdos racistas e machistas publicados pelos tabloides desencadearam problemas psicológicos, a ponto de ela cogitar cometer suicídio. Ela chegou a pedir ajuda e cobrou uma manifestação oficial da Coroa britânica, mas sem sucesso. Para a duquesa de Sussex, houve negligência.
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