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William e Kate são recebidos com protestos em viagem à Jamaica

Um movimento pedindo a remoção da rainha Elizabeth como chefe de Estado da Jamaica está ganhando força no país

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The Duke And Duchess Of Cambridge Visit Belize, Jamaica And The Bahamas – Day Four
1 de 1 The Duke And Duchess Of Cambridge Visit Belize, Jamaica And The Bahamas – Day Four - Foto: Getty Images

O duque e a duquesa de Cambridge, William e Kate Middleton, estão em uma turnê oficial pelo Caribe em comemoração ao Jubileu de Platina da rainha Elizabeth. No entanto, as visitas têm encontrado resistência, visto que um movimento pedindo a remoção da rainha Elizabeth como chefe de Estado da Jamaica está ganhando força.

De acordo com o jornal The Independent, “uma coalizão de políticos jamaicanos, líderes empresariais, médicos e músicos” está pressionando para que o país corte formalmente os laços com a monarquia e mude o status do país de uma monarquia constitucional para uma república. A coalizão também enviou uma carta aberta a William e Kate Middleton, que desembarcaram na Jamaica na tarde desta terça-feira (22/3).

Segundo o relatório, antes do 60º ano de independência do país insular da Grã-Bretanha, em 6 de agosto, ativistas pretendem “remover os grilhões do passado colonial [da Jamaica]”, com muitos no país exigindo tanto reparações financeiras quanto desculpas da monarquia.

A realeza recebeu os pedidos de separação em primeira mão durante a atual visita, cancelando um evento em Belize, no fim de semana, em meio a protestos. A imprensa internacional também informa que mais manifestações são esperadas na Jamaica nos próximos dias.

William e Kate deixam Belize nesta terça-feira (22/3)
William e Kate deixam Belize nesta terça-feira (22/3)

O que era para ser motivo de festa – dado à viagem de uma semana pelo Caribe –, quando Elizabeth completou 70 anos no trono, em fevereiro, e quando seu jubileu oficial começa, em junho, tornou-se, de fato, um momento para as manifestantes. Esse fato foi mencionado pelos líderes jamaicanos em sua carta aberta.

“Não vemos razão para comemorar 70 anos da ascensão de sua avó ao trono britânico porque sua liderança, e a de seus predecessores, perpetuou a maior tragédia dos direitos humanos na história da humanidade”, diz o texto enviado a William.

No sábado, a ministra da Cultura da Jamaica, Olivia “Babsy” Grange, dirigiu-se ao Conselho de Reparações, pedindo ao órgão consultivo governamental que “continuasse a trabalhar impacientemente por justiça pelas atrocidades cometidas contra nossos ancestrais e aquelas que fluem desta história e persistem contra nosso povo hoje”.

Ela solicitou que eles “acelerem o ritmo” da separação, observando que o tempo para “conversar” acabou e, agora, “ação” seria necessária, de acordo com o relatório no The Independent.

Apesar do impulso para a mudança, o jornal também informou que há “alguma resistência de dentro do governo jamaicano” para romper o relacionamento com a realeza, observando que o primeiro-ministro Andrew Holness foi nomeado conselheiro soberano no Conselho Privado da rainha.

William e Kate chegam a Kingston, na Jamaica, nesta terça-feira (22/3)
William e Kate chegam em Kingston, na Jamaica, nesta terça-feira (22/3)

Os integrantes da realeza devem deixar a Jamaica e seguir para as Bahamas na quinta-feira (24/3).

Países independentes

O país mais recente a romper os laços com a monarquia foi Barbados, que se tornou uma república durante uma cerimônia oficial com a presença do príncipe Charles e Rihanna, em 29 de novembro de 2021. “Desde os dias mais sombrios do nosso passado e da terrível atrocidade da escravidão, que mancha para sempre nossa história, o povo desta ilha forjou seu caminho com extraordinária coragem”, disse o futuro rei da Inglaterra no evento.

Com a saída de Barbados da Commonwealth, agora, Elizabeth II comanda apenas 15 países. Vale ressaltar que o território do Reino Unido abrange Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales. Na avaliação de um historiador, a libertação de Barbados das rédeas da Coroa britânica pode desencadear uma reação em cadeia. É a primeira vez em 29 anos que a rainha foi destituída do posto de chefe de Estado, desde as Ilhas Maurício, em 1992.

Em entrevista ao portal Express, a historiadora Jenny Hocking analisou o cenário e acredita que, em breve, outros países vão conquistar a independência: “Realmente, acho que quando você olha ao redor das outras nações da Commonwealth, vê um movimento gradual em direção ao desenvolvimento do status republicano”. Em 1999, a Austrália seguiu o caminho oposto ao de Barbados, ao manter a monarquia, após um referendo.

Em 1962, a Jamaica tornou-se independente do Reino Unido, entretanto, optou por manter a rainha Elizabeth II como chefe de Estado e permanecer entre os países que compõem a Commonwealth.

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