Veja como foi a peregrinação de Claudia Salomão e Fábio de Melo pelo México
Em setembro, Claudia Salomão e o padre Fábio de Melo fizeram uma romaria pelo México e visitaram o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe
atualizado
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Dentre tantos entusiasmos da vida, como família, trabalho e amigos, Claudia Salomão não esconde o amor que tem por viajar. Anualmente, mais do que desbravar um novo lugar, a relações-públicas opta por um refúgio que a faça se conectar com o lado espiritual. Ela não vai sozinha aos recantos conhecidos como bases da religião católica. A RP tem como guia ninguém menos que o padre Fábio de Melo. A última peregrinação da dupla foi pelo México, país onde está instalado o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe.
Em busca de conhecer locais que contam a história do cristianismo, Claudia passou a fazer peregrinações, desenvolvidas por Fábio de Melo. As viagens começaram em 2014 pela Terra Santa, mais precisamente em Israel. Com a vontade de vivenciar mais experiências, ela chegou a se aventurar em duas romarias por ano, mas, com a pandemia, precisou dar uma pausa nas viagens religiosas. Dois anos depois, o grupo retomou a programação pelo México, conforme revela a RP em entrevista à coluna Claudia Meireles.
Segundo a relações-públicas, o padre elegeu o México devido à fronteira estar aberta aos brasileiros na época da viagem. A trupe desembarcou no destino no fim de setembro. Na hora de escolher, o líder espiritual levou em consideração o fato de o país abrigar um dos maiores santuários do mundo, no caso, o de Nossa Senhora de Guadalupe. A santa é a padroeira mexicana e da América Latina.
Dia a dia
Pensou que a rotina de peregrino é sombra e água fresca? Ledo engano. Claudia revelou que o dia a dia costuma ser “bastante duro”. “Temos horário para começar, normalmente, às 6h. Às 7h, o grupo precisa estar dentro do ônibus. Com isso, ligam nos telefones às 5h30 para que todos se arrumem, tomem café da manhã e se encontrem no transporte”, destaca. Como é um passeio religioso, a trupe não dá início à programação diária sem fazer uma oração.
O momento de rezar é conduzido por uma guia da Obra de Maria, agência organizadora das peregrinações. “Ao chegar no ônibus, fazemos uma oração de agradecimento pelo dia, pelo que vai vir e vamos conhecer”, conta Claudia. Durante todos os dias da viagem, Fábio de Melo também celebra a missa. Na hora da homilia, a relações-públicas salienta a conexão feita pelo padre entre o evangelho e a vida real: “Ele sempre traz a palavra para a nossa realidade, tornando a mensagem mais clara e próxima de nós”.
A romaria pelo México teve como tema o despojamento, palavra que norteou os ensinamentos dados por Fábio de Melo. “O padre disse sobre nos despojarmos de pessoas e atitudes que nos prendem, sufocam e não nos deixam seguir adiante. Ele fez uma comparação com uma mala de viagens. Falou que não precisamos carregar uma bolsa pesada, pois devemos levar apenas o essencial”, compartilha a RP.
Foi a primeira viagem do religioso ao México. Assim como Claudia, Fábio de Melo pretende voltar logo ao destino. “Foi uma descoberta tão grande para ele quanto para nós. No fim da peregrinação, o padre confessou ter ficado extremamente surpreso com o local. Embora conhecesse muito o milagre de Nossa Senhora de Guadalupe, não esperava tamanha força da Cidade do México, das outras cidades, do povoado e da grandeza da religiosidade do povo mexicano”, ressalta a relações-públicas.
Bem-vindo ao México
O padre Fábio de Melo escolheu o México, ainda, por ser um dos lugares com maior devoção ao cristianismo. Claudia reitera a respeito de o catolicismo imperar no país. Somente a cidade de Puebla engloba mais de 160 igrejas. Segundo mais populoso, o município fica a 1h30 da Cidade do México. “Eles cultuam muito a fé à Nossa Senhora”, endossa a RP. Na avaliação da peregrina, a religiosidade transparece de forma grandiosa e em detalhes.
“São igrejas de séculos passados que mostram a riqueza dos velhos tempos e a decadência da atualidade, principalmente em função da economia. Vemos realmente uma devoção dos povos na construção e manutenção dos templos”, diz Claudia Salomão. Ela integra a trupe de peregrinação do padre Fábio de Melo. O grupo transitou pela Cidade do México, Puebla, Acapulco, Cuernavaca, Cholula e Taxco.
Igrejas
“Visitamos muitas cidades do interior mexicano onde existe uma riqueza muito grande. Algumas capelas feitas por índios, confeccionadas por ouro na fase asteca. Muitas vezes, esses pequenos templos são conservados pela população local”, afirma Claudia. Dos centros religiosos conhecidos, a relações-públicas se encantou com a Igreja de Santa María Tonantzintla, fixada no bairro de San Andrés Cholula, em Puebla. “Eu amei. Infelizmente não podemos fotografar lá. Os índios a construíram em barroco asteca”, avisa.
Outro endereço religioso que também conquistou Claudia foi o Templo de San Francisco Acatepec, em Puebla. A fachada da igreja traz mosaicos de talavera (técnica de azulejos esmaltados). “Nos sentimos muito bem cuidados em todas as igrejas”, relembra a RP.
Santuário
O padre Fábio de Melo não aterrissou no México por acaso. Ele almejava desbravar o Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe, padroeira do país latino. Ao pisar no lugar, Claudia recorda ter sentido uma sensação de paz e uma energia agradável. Ela quer retornar à basílica, considerada uma das maiores do mundo. Ao avaliar o centro religioso, a relações-públicas rememora ter encontrado fiéis que estavam em busca de milagres ou pagando promessas.
À coluna Claudia Salomão contou a história do milagre de Nossa Senhora de Guadalupe: “Não existe comprovação do aparecimento de Nossa Senhora ao índio Juan Diego. Todo dia, ele atravessava um monte, onde havia tido uma visão de Nossa Senhora. Ela pedia a construção de um templo no espaço. Entretanto, os vigários não acreditavam no homem e cobravam provas. Determinada vez, Juan teve uma nova visão no lugar em que costumava passar, mas optou por desviar o caminho e a santa foi atrás dele”.
Claudia continuou a história do milagre: “Apesar de o índio ter tentado fugir da missão, Nossa Senhora encontrou-se com ele e disse que iria conceder a prova. A santa deu algumas rosas a Juan Diego, que guardou dentro do avental. Vale destacar que na região não nascia essas flores por ser deserto, seco e estar no inverno. Quando o homem abriu o avental para mostrar a prova aos vigários, as rosas caíram no chão e a imagem de Nossa Senhora de Guadalupe estava estampada no tecido da peça”.
Imperdível
Dos endereços visitados, Claudia lista como imperdível o Museo Nacional de Antropologia, na Cidade do México. O desenho e o projeto do espaço trazem a assinatura de Pedro Ramirez Vázquez, o mesmo arquiteto do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe. Considerado como um dos expoentes da arquitetura modernista, ele urbanizou o país latino. Das peças expostas, o relógio asteca atraiu a atenção da RP por marcar as horas por meio da luz do Sol.
A 40 minutos da Cidade do México, os turistas não podem deixar de conferir as pirâmides do Sol e da Lua no sítio arqueológico de Teotihuacán. Os monumentos milenares tornam a região bastante interessante. A maioria dos guias recomenda o passeio por unir tradição e beleza da civilização pré-asteca. No rol de programas a fazer pela capital mexicana, a relações-públicas indica a Casa da Frida Kahlo. “Um local bacana de conhecer. Por lá, ela passou grande parte da vida, fazendo pinturas e escrevendo”, sugere.
Gastronomia
Com relação aos restaurantes, a trupe de peregrinos visitou algumas casas gastronômicas de “porte médio com comida mais internacional”. Dentre as delícias típicas saboreadas, o chile en nogada conquistou o paladar de Claudia Salomão. Tradicional mexicano, o prato sazonal é feito somente no mês de setembro em comemoração à independência do país. A receita do quitute mistura mais de 30 ingredientes, desde pimentão a chocolate e romã na decoração.
Hospedagem
De acordo com Claudia, os hotéis em que o grupo brasileiro ficou hospedado são pré-determinados pela agência de viagens Obra de Maria. As acomodações selecionadas trazem entre três e quatro estrelas. A RP define o Hotel Marquis Reforma como o mais agradável. “Fica na Cidade do México, na avenida principal, chamada de Paseo de La Reforma, é como se fosse a Avenida Paulista, bem arborizada, larga e com prédios altos”, sustenta. Nas redondezas, há inúmeras opções de aposentos.
Retorno marcado
Na entrevista à coluna, Claudia Salomão enfatizou a respeito da vontade de voltar futuramente à Cidade do México, em especial, pelo “apelo do Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe”. A grandiosidade dos templos surpreendeu a RP. “Eu gostei muito de Puebla, cidade aconchegante. Lá, existe um centro histórico, onde tem pinturas em azulejos. É um desenho totalmente peculiar dos povos mexicanos, feito com a técnica talavera”, conclui.
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