Uma tarde em Gana: embaixadora abre as portas da residência oficial
Abena P.A. Busia recebeu 40 crianças da ONG Coletivo da Cidade, com o intuito de compartilhar idéias de representatividade
atualizado
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A embaixadora de Gana no Brasil, Abena P.A. Busia, abriu as portas da residência oficial do país, no Lago Sul, para receber 40 crianças e adolescentes da ONG Coletivo da Cidade, localizada na Cidade Estrutural. O evento Vamos Passar Uma Tarde em Gana foi realizado na tarde desse domingo (22/7), com demonstrações culturais ao som de músicas africanas.
O objetivo do encontro, segundo a embaixadora, é promover a representatividade, mostrando a riqueza da cultura ganense para crianças afrodescendentes. “Nós queremos contar como a África é. É importante compartilhar essa história para as crianças porque elas são o nosso futuro. Essas, em particular, serão grandes líderes e precisam conhecer as suas raízes”, disse.
A tarde foi repleta de atividades. As crianças participaram de oficinas de pintura e percussão, com tambor e atabaque, brincadeira de caça ao tesouro e roda de dança africana. O dia terminou com Abena contando histórias famosas da cultura ganense para todos os presentes.
Dois filmes foram exibidos na sala da casa de Abena: Tabom in Bahia, de Nilton Pereira e Juan Diego Diaz, e Olhares Cruzados, projeto da equipe Imagem da Vida, coordenado por Dirce Carrion. O último apresenta a semelhança histórica entre Gana e Brasil ao mostrar crianças das comunidades de Sabará, em Minas Gerais, e Obuasi, em Gana, onde são usadas as mesmas técnicas para a extração de ouro.
Os convidados puderam levar um pedacinho de Gana para casa, ao visitar estandes com produtos vindos direto de Gana; produzidos por ganenses residentes em Brasília e artesãos afro-brasileiros.
Há seis meses atuando como embaixadora no Brasil, Abena reconhece a importância de investir nas relações diplomáticas entre os dois países. “O Brasil é um país anfitrião. Uma das razões de termos a embaixada de Gana aqui é fomentar os relacionamentos. E, para que tenhamos sucesso, é preciso abrir uma discursarão entre governos, empresas e sociedades”, disse ao Metrópoles.
Abena demonstrou vontade de promover mais eventos para divulgar a cultura africana. “Criamos um comitê responsável por promover eventos culturais. Esperamos repetir encontros como este algumas vezes ao ano”, adiantou.
Confira os cliques:
A ONG Coletivo da Cidade atende 200 crianças e adolescentes com idade entre 6 e 17 anos, oferecendo atividades educativas, artísticas e apoio psicossocial na Cidade Estrutural.