Treino ao ar livre é tendência na pandemia: veja benefícios
Ariana Villacorta e Raphael Paz conversaram com a coluna sobre aulas em espaços abertos e foram unânimes: o número cresceu
atualizado
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De acordo com um estudo recente feito pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), três a cada 10 pessoas estão com depressão (moderada a grave) por falta de exercícios durante a pandemia. E mais de 20% dos entrevistados apresentaram ansiedade, em estágios que variam de moderada a grave.
Essa pesquisa é mais uma prova do quanto as atividades físicas são essenciais para a saúde da população. Entretanto, com a instabilidade trazida pela pandemia quanto ao fechamento de academias, parques, entre outros espaços públicos, a rotina de exercícios tem mudado. A alternativa, portanto, foi procurar aulas virtuais ou treinos particulares presenciais, que têm sido realizados em casa, embaixo do prédio ou em quaisquer lugares abertos.
Dois profissionais da capital têm sido a opção para quem deseja malhar ao ar livre. São eles: Raphael Paz e Ariana Villacorta. Para a personal trainer, sem dúvida, esses tipos de treinos aumentaram no último ano. “E apesar da reabertura das academias, muitos alunos, como cuidado para não se contaminarem com o novo coronavírus, ainda preferem treinos ao ar livre ou em casa”, explica.
A professora optou por acompanhar treinos particulares, em especial fortalecimento e LPF (técnica de respiração postural). Em suas aulas, ela enxerga os benefícios que as atividades ao ar livre trazem ao corpo. “Treinos assim são um grande recurso para fortalecer a saúde mental, melhorar o humor e a autoestima. Além disso, atividades perto da natureza têm um efeito calmante e reduzem o estresse”, diz.
“A exposição à luz solar também levanta o ânimo e é uma boa dose de vitamina D”, acrescenta Ariana.
De acordo com a personal, o aluno que tiver dúvidas em relação às aulas em espaços abertos ou nas academias deve se informar sobre as diferenças. “Não só em relação ao ambiente, mas também na técnica e no desenvolvimento aplicado aos treinos. Dessa forma, é fundamental levar em consideração as necessidades e/ou desejos individuais de cada aluno”, orienta.
Além de Ariana, o educador físico Raphael Paz notou um crescimento na migração de alunos que optaram por treinos em ambientes ao ar livre. Em entrevista à coluna Claudia Meireles, o personal trainer avalia a mudança como positiva, pois os aprendizes não deixaram de fazer atividades físicas. “Devido a tudo o que ocorreu em 2020, que obrigou as pessoas a procurarem outras formas de se exercitar, que não fossem em academias, boxes de crossfit, estúdios, entre outros lugares”, conta.
O personal afirma que todos seus alunos treinam em ambientes externos, como praças, parques, ou qualquer lugar que dê para esticar um elástico, pendurar uma fita de TRX e um colchonete. “As vantagens são se exercitar com mais liberdade de movimentação (sem se preocupar em ter que revezar equipamentos); por ser um ambiente externo, geralmente, é mais agradável de se estar; boa parte das pessoas se sente mais motivada por estar em contato com a natureza”, lista Raphael.
O profissional dá aulas de condicionamento físico e treino funcional. Seu método utiliza peso corporal mas também equipamentos como elásticos, fita de suspensão (TRX) e pesos livres (halteres e kettlebell). Segundo ele, a maioria das pessoas consegue treinar ao ar livre, dependendo do objetivo de cada um.
Aluno de Raphael, Henrique de Amorim Araújo (foto) diz que sempre teve o hábito de praticar exercícios físicos. Porém, com a pandemia e o fechamento das academias, viu os exercícios ao ar livre como uma alternativa. “Hoje em dia, acho mais prazeroso”, revela.
Tanto para Raphael quanto para Ariana, o “obstáculo” de se exercitar em locais abertos é a dependência das condições climáticas, conforme explica o personal trainer: “As principais desvantagens são que, em dias chuvosos, os locais ficam limitados. Dias frios também são incômodos. E há a possibilidade de sobrecarga em alguns exercícios (o que pode ser contornado).”
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