Thaís Basilio e Renata Felinto falam sobre arte e maternidade
Em entrevista à coluna, as artistas Thaís Basílio e Renata Felinto abordaram temáticas associadas à maternidade, arte e ao próprio trabalho
atualizado
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Com a proximidade do Dia das Mães, a ser comemorado neste domingo (12/5), as artistas Thaís Basílio e Renata Felinto desembarcaram em Brasília, nessa quinta-feira (9/5), para marcar presença em um evento. De olho nas personalidades, a coluna Claudia Meireles aproveitou que a dupla estava na capital federal e fez uma entrevista enriquecedora sobre maternidade e arte.
As duas são mães. Thaís é progenitora de Eva, enquanto Renata tem os filhos Francisco e Benedito. Durante o bate-papo descontraído no restaurante Piselli, as artistas mostraram como o trabalho desenvolvido por cada uma dialoga com a maternidade e com questões relacionadas ao universo da criação e educação dos filhos.
“Sempre falamos um pouco de maternidade e de outros assuntos que nos atravessam e atravessam as nossas obras, como a questão do feminino, da racionalidade, do trabalho. São muitas questões e trazemos essas discussões para promover uma reflexão e um debate”, salienta Thaís.
Natural de São Paulo, Renata Felinto mora atualmente no Ceará, mais precisamente no Cariri. A artista plástica explica que pode parecer distante da realidade de algumas mães ir a uma feira ou galeria de arte e acessar as obras. Por coincidência, a falta de tempo e a rotina corrida das mães surgem em algumas criações elaboradas por Thaís Basílio.
“Algumas pinturas dela não têm rosto, trazem engrenagens, como se fôssemos máquinas, meio humanoides”, frisa Renata Felinto.
Tendo como filhos Francisco e Benedita, Renata comenta que desenvolveu um trabalho em que aborda diversos aspectos da maternidade. Na avaliação da artista plástica, ser mãe exige muito de uma mulher. “Uma mãe é uma educadora, amiga, enfermeira… Nós temos inúmeros papéis que estão reunidos na figura da mãe”, reitera.
Renata aproveitou o espaço para apresentar alguns dos desafios enfrentados por ela na função de mãe. “No meu caso, especialmente, trago uma reflexão também sobre a condição da maternidade solo. Algumas pessoas não querem ver que esse papel da mãe solo precisa ter uma rede de apoio da família, do próprio Estado, das instituições”, ressalta.
“Quanto melhor essa sociedade for criada, melhor a sociedade fica, porém falta as pessoas perceberem que não é só sobre um filho, mas sim a respeito das condições que eu posso ensinar a ele para que tenha casa, alimentos, estudos e ser acolhido pelo mundo nas especificidades dele”, elucida a artista plástica e mãe de Francisco e Benedita.
No ponto de vista de Renata, é necessário criar, firmar e fortalecer “uma sociedade educadora”, o que contribuirá para a criação e crescimento de crianças e jovens. Segundo a artista, “todo mundo está envolvido” na formação de um novo indivíduo. “Toda a sociedade precisa acolher”, conclui.
Serviço
Buffet: Piselli Brasília
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