Terapeuta de Hollywood dá truques simples para hackear o cérebro e ser feliz
Marisa Peer criou o método de Terapia de Transformação Rápida (TRR). Na agenda de pacientes da expert, há CEOs, atletas e membros da realeza
atualizado
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“Eu sou suficiente”. Três palavras simples que, juntas, formam a frase com o poder de mudar vidas. Você já disse isso para si? Sentir-se o suficiente é o bastante ou sempre falta algo mais? Em uma pesquisa no dicionário, o termo significa “aquilo que basta ou satisfaz; já possui o essencial, o necessário”. Com essa descrição valiosa, a terapeuta número 1 do Reino Unido, Marisa Peer, ensina as pessoas a terem autoconfiança, pois, somente assim, sua rede de convivência acreditará em seu potencial.
Ao longo de três décadas, Marisa desenvolveu sua própria forma híbrida de terapia, denominada Terapia de Transformação de Rápida (TTR). Por meio do premiado método, a psicóloga instrui seus aprendizes a desfrutarem de uma mentalidade de vencedor, ou seja, sem limites e de autoaceitação. “Você pode ter tudo”, destacou a expert ao contar sobre sua técnica na plataforma Mindvalley. Ela já orientou desde membros da realeza a artistas hollywoodianos, atletas olímpicos, líderes políticos e CEOs de empresas bilionárias.
Libertação
Método do qual se orgulha, a britânica define a TTR como uma técnica de transformação capaz de ocorrer em um piscar de olhos, conforme explicou. Para obter os resultados permanentes e ser um verdadeiro sucesso entre notáveis personalidades, a metodologia de Marisa engloba hipnose, hipnoterapia, programação neurolinguística e terapia cognitivo-comportamental. De acordo com a expert, as referências de como agir são governadas por padrões do pensamento.
“Você faz suas crenças e suas crenças fazem você”, garantiu Marisa Peer. Durante o tempo de experiência até configurar a Terapia de Transformação Rápida, a especialista aprendeu que os pacientes atribuem um significado muito forte a hábitos e comportamentos negativos. Na maioria das vezes, a raiz do problema está no passado. Ela investiga a causa do obstáculo com o intuito da pessoa conseguir libertar-se das consequências nocivas relacionadas a essa limitação.
Marisa categoriza seu método como “além da hipnose”. Em uma única sessão de 1h30 – com uso do transe, regressão e condicionamento hipnótico -, a terapeuta faz o paciente se comunicar com o subconsciente de maneira eficaz. Na ocasião, ele irá acessar e consertar qualquer bloqueio existente. “Tudo o que a mente cria, ela pode ‘descriar’”, assegurou a britânica.
Poder da palavra
Duas frases com o mesmo significado: “Estou com a cabeça doendo” e “minha cabeça está me matando”. No sentido literal, a última não é bem verdade. Ao trazer os exemplos, Marisa aborda sobre escolher corretamente as palavras, visto que a mente escuta cada mensagem dita e processa como um projeto a fim de o corpo trabalhar para atendê-lo. A terapeuta exemplifica com a situação de ficar nervoso ao palestrar. “Não conseguirei”, “tenho problema de falar em público” e “não sou bom nisso” serão evocados pela pessoa.
“Ao dizer isso, você arruína um projeto e, agora, cérebro e corpo não têm escolha, criarão uma reação”, sustentou a expert. Não será surpresa se surgir uma doença, como gripe, enxaqueca ou problema intestinal. A enfermidade foi a forma encontrada pelo organismo para livrá-lo do cenário preocupante. A britânica incentiva os pacientes a pronunciarem: “Pode vir. Eu sei lidar com isso”. Ela indica mentalizar expressões de enfrentamento, pois se tornarão verdade, além de conversar com a mente de modo amigável.
Passe de mágica
O segredo da eficácia da RTT é possibilitar que a pessoa entre em contato com as emoções e cenas que provocam determinadas crenças e comportamentos. O corpo e a mente sabem a resposta da cura e a técnica dispara o gatilho com o objetivo de encontrar a solução. Na avaliação de Marisa, o paciente está tão envolvido no processo de descoberta do significado e interpretação das experiências traumáticas que consegue, em conjunto com a terapia, alterá-los por completo.
A mente dirige o corpo para executar o que é necessário. Reconhecida mundialmente pela revolução na área da saúde, a abordagem terapêutica trata com sucesso depressão, ansiedade, ataques de pânico e sentimentos de culpa; medos e fobias, como medo de voar, falar em público e claustrofobia; abandonar vícios; problemas relacionados à comida, excesso de peso, anorexia e bulimia; infertilidade; melhoria na autoestima, confiança e relacionamentos.
Dose de autoestima
Formada pela Pritikin Longevity Center, nos EUA, a britânica estudou em Londres com foco de tornar-se uma psicóloga infantil. Aos 21 anos, mudou-se para Los Angeles e assumiu a função de personal trainer de famosos, como da atriz Jane Fonda. À época atendendo em sua maioria mulheres, a profissional notou que as alunas mantinham um vínculo doentio com a comida. Nas três décadas de trabalho, a terapeuta fez descobertas inovadoras a respeito da relação dos pacientes com a alimentação e confiança corporal.
Antes de tratar os pacientes, a terapeuta passou um momento da vida obcecada por comida e preocupada com o peso. A gota d’água para abandonar os hábitos prejudiciais foi quando ajudou um amiga bulímica. Em uma conversa, Marisa aprofundou-se nos problemas dela e descobriu a associação da comida com amor do padrasto, razão de ter engordado muito. No entanto, quando o pai da jovem entrava em contato, criticava o peso da filha. “Não surpreendentemente, sua relação com a comida se distorceu”, detalhou.
Após apontar o cerne do transtorno alimentar à amiga, Marisa analisou a si mesmo e chegou a uma conclusão: “Você pode escolher estar no controle em vez de ser controlado pelos alimentos”. Ela associava o açúcar ao sentimento de amor e segurança. “Percebi que isso acontecia porque minha avó fazia guloseimas especiais para mim. Minha mãe sempre estava de dieta e proibiu doces em casa, então piorou tudo, pois se tornou proibido e indisponível e, portanto, ainda mais desejado”, rememorou a britânica.
Segundo a terapeuta, o corpo será grato pelas mudanças positivas por deixá-lo saudável e com mais energia, em vez de nutrir a sensação de culpa, autoaversão, desânimo e infelicidade. “Todos merecem sentir-se completos com o próprio corpo, tendo uma relação amigável com a comida, não sendo controlado por ela”, ponderou Marisa.
Dominando o cérebro
Em tempos de tecnologia com reconhecimento de retina, supõe-se que as ferramentas mais poderosas existentes são os celulares, computadores e outros dispositivos, com potencial de avanço do software a qualquer momento. Quem crê nesse ponto de vista está totalmente equivocado, conforme esclarece Marisa ao dizer que a mente humana fica à frente de qualquer invenção high-tech, no entanto, só precisa ser usada e atualizada de maneira correta.
Marisa Peer aceitou o convite de palestrar em uma conferência voltada a mulheres empresárias. Como a organização é um ponto primordial para alcançar o sucesso pessoal e, também, profissional, a expert elencou nove passos sobre dominar o cérebro a fim de controlar a própria vida. Pratique as táticas!
1 – Saiba que você é o suficiente, sentença de início desta reportagem;
2 – Elogie a si mesmo: “O que queira ouvir das outras pessoas, melhor você dizer, pois não precisa esperar e terá o mesmo efeito”, sustentou a terapeuta.
3 – Lide com críticas construtivas e destrutivas: “Para realmente sentir-se bem consigo o tempo todo, aprenda a não permitir a entrada de julgamentos negativos. Isso vai irradiar sua verdadeira confiança interior”, explicou.
4 – Seu cérebro faz exatamente o que você pensa, por exemplo, quando diz ter levado um fora, a mente capta sobre não querer ter um relacionamento novamente. “Se não está conseguindo o que almeja, tem dado mensagens confusas a sua mente. Tarefa número 1: ouça suas falas e converse com a mente”, sugeriu Marisa.
5 – Seu cérebro sempre o afasta da dor: “Ao afirmar não querer executar uma atividade, quando tiver de fazer novamente, ficará mal ou terá um ataque de pânico. Tente comunicar-se bem consigo mesmo e interiorizar mensagens positivas”, esclareceu a palestrante.
6 – Crie imagens e palavras positivas em sua cabeça. “A mente responde com imagens muito simbólicas. Se disser ‘eu estou morrendo’, associa a matar e acaba por te oprimir, fazendo o sentir dor”, descreveu Marisa.
7 – Pessoas bem-sucedidas fazem o que odeiam primeiro. Segundo a terapeuta, as atividades “detestáveis” preparam para alcançar o propósito desejado;
8 – Não aceite não como resposta: “Todo mundo é rejeitado alguma vez, mas dê a volta por cima e volte para receber o sim”, indicou a especialista.
9 – Agir todos os dias na direção de seus objetivos. Confira as dicas no vídeo abaixo:
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