Eis a questão: qual o futuro dos cuidados com a pele? Para algumas pessoas aficionadas pela rotina de skincare e tratamentos de beleza, a resposta se encontra nos avanços tecnológicos, enquanto outras dirão ciência. As previsões não estão equivocadas. Segundo a revista Vogue britânica, existem mais duas alternativas. São elas: a transparência e os benefícios de saúde.

Entrevistados pela publicação, especialistas mundiais em cuidados com a pele elencaram quais fatores tem e terão um papel de destaque no segmento nos próximos meses e anos. Na avaliação dos experts, a pandemia da Covid-19 causou uma mudança no relacionamento com a cútis, que é o maior órgão do corpo. Atenta ao universo de beleza, a coluna Claudia Meireles te conta a seguir os tópicos listados pelos profissionais:

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Cada tipo de cútis exige um cuidado específico

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Quando o assunto é beleza, limpeza e hidratação da pele são essenciais

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Ativos naturais complementam a rotina para dar viço à derme

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Cremes para a área dos olhos são muito populares no ritual de skincare

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Proteção solar é fundamental para proteger a barreira natural cutânea, evitar manchas e retardar os sinais de envelhecimento da pele

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1 – Benefícios de saúde

Integra a trupe que não tinha uma rotina de skincare fixa antes da pandemia? Prazer! Gerente-geral da Murad Skincare UK, Victoria Campbell acredita que os cuidados com a cútis passaram a ser considerados menos um luxo e mais uma necessidade na jornada para a melhor saúde da pele. Criador da marca de cosméticos Augustinus Bader, Charles Rosier avalia como errado quem vê o foco em saúde como algo do futuro, pois a Covid-19 acelerou o processo.

Outra expert ouvida pela Vogue britânica é Sarah Chapman, fundadora da Clínica Skinesis. Na avaliação dela, os pacientes que comparecem no espaço buscam um combo completo e querem uma cútis saudável externa e internamente. “Os clientes estão mais focados na saúde subjacente da pele, não apenas em sua aparência superficial”, sustentou a especialista.

2 – Boom tecnológico

Por conta das medidas de distanciamento social devido à Covid-19, as vendas de produtos de cuidados com a pele dispararam. Quem não comprou on-line um sérum, hidratante ou máscara facial que atire a primeira pedra. À frente da Clínica Skinesis, Sarah Chapman defende a tese que o uso dos cosméticos em casa continuará em crescente por oferecerem efeitos antes vistos somente em consultórios.

“Prevejo grandes avanços nessa área, com tecnologia antes vista apenas em ambientes clínicos sendo adaptada para uso pessoal”, garantiu Chapman. De acordo com a esteticista norte-americana Shani Darden, os pacientes passaram a se entusiasmar com os avanços tecnológicos em razão do mantra “é melhor prevenir do que remediar”.

Como tratamento domiciliar, a expert citou as máscaras de LED. O produto oferece tratamento de rejuvenescimento facial. “Utilizar dispositivos caseiros eficazes junto aos produtos certos para a sua pele pode realmente neutralizar o envelhecimento precoce, ajudando a minimizar a necessidade de tratamentos invasivos caros no futuro”, salientou Darden.

3 – Siga a ciência

Vice-presidente de desenvolvimento de produtos da Clinique, Janet Pardo enfatizou na entrevista à Vogue: “A pandemia tem sido uma grande indicação de quanto o poder da ciência e convicção nela influenciarão o futuro. A Covid-19 catalisou e reforçou nossa confiança na ciência”. Agora, conforme explicou a especialista, cabe aos profissionais captarem as mudanças no ambiente a fim de elaborarem novas fórmulas.

Pardo citou a maior exposição das pessoas à luz azul. O tipo de luminosidade causa danos à derme. Chefe da empresa de previsão de tendências WGSN, Clare Varga prevê que em breve os cosméticos terão componentes capazes de prevenir a cútis desse tipo de radiação. “Haverá os skinscreens, uma nova geração de fórmulas multifuncionais que visa proteger a pele do sol, da luz azul e da poluição responsável pelo envelhecimento”, frisou.

4 – Transparência total

No momento de comprar os produtos para cuidar da cútis, a clientela busca fórmulas com alta concentração e voltadas para a ciência. O comportamento do consumidor levou as marcas a ficarem de alerta quanto à transparência, conforme explicou Charles Rosier, fundador da Augustinus Bader: “Querem saber: ‘Esse ingrediente é realmente saudável para a minha pele? Quais são os benefícios a longo prazo? Será que realmente afetará a estrutura da minha derme?”.

Vice-presidente de desenvolvimento global de produtos da Estée Lauder, Jennifer Palmer analisa que os clientes estão cada vez mais por dentro dos componentes das fórmulas. “Descobrimos que os consumidores são guiados por declarações de desempenho que mostram que as criações realmente funcionam. Eles buscam alto nível de transparência e investem no aprendizado dos princípios ativos e das tecnologias avançadas das fórmulas”, considerou.

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