Para muitos, época de férias é sinônimo de viagem. Mas, para quem resolve ficar e aproveitar a tranquilidade de casa, essa pode ser uma boa oportunidade para colocar em dia séries, livros e filmes. Se você não tem ideia por onde começar, não se preocupe. A coluna convidou brasilienses antenados para indicar seus favoritos e inspirar suas escolhas. Confira!
O artista plástico e curador Renato Acha acredita que as férias são a época ideal para um passeio por produções de diversos países por meio da internet e das salas de cinema. Suas indicações são o filme Lazzaro Felice, disponível na Netflix, e O Confeiteiro, Colette e Infiltrado na Klan, em cartaz nos cinemas.
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“Recomendo o belo e intenso Lazzaro Felice, da diretora Alice Rohrwacher. A família de Lazzaro vive isolada do mundo e em regime de trabalho escravo. O garoto bondoso faz tudo que pedem de bom grado. Após um acidente, aos moldes do personagem bíblico, renasce nos dias de hoje, quando sua bondade não se faz notar. Um filme sobre a boa índole e com múltiplas e ricas leituras”, aponta Acha
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“Nas salas de cinema, uma excelente opção é O Confeiteiro. Thomas é um alemão dono de uma confeitaria. Ele se muda para Jerusalém em busca da esposa e filho de seu amante morto. Começa a trabalhar para a viúva de seu amante em uma trama permeada por receitas e surpresas”, explica
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“Colette também está nos cinemas, com uma história verídica da ghost-writer que escrevia romances assinados pelo marido. Um sucesso de vendas que transforma a vida do casal, até que Colette decide não mais viver sob as ordens do companheiro aproveitador e se rebela em busca de sua redenção como escritora”, resume Renato
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“Por último e não menos importante, talvez um dos melhores filmes do ano passado seja Infiltrado na Klan. A história é sobre um policial negro que se infiltra na Ku Klux Klan local por meio de telefonemas e cartas. Presencialmente, envia um outro policial branco no seu lugar, que futuramente se torna o líder da seita, quando tem a oportunidade de sabotar linchamentos e crimes de ódio”, descreve o filme, indicado ao Globo de Ouro
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Fashionista, designer e empreendedora, Valéria Lessa fez sua seleção com base em dois temas: moda e feminismo. “Escolhi essa categoria devido à situação atual do país e, principalmente, por serem obras que inspiram mulheres a irem mais além. Eu me sinto na obrigação de sempre dar espaço a novas vozes com meu espaço de trabalho, contribuindo com meus conteúdos”, explica.
Confira abaixo a seleção de Valéria Lessa:
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“Sucesso mundial e usado como referência desde seu lançamento, em 2006, o filme O Diabo Veste Prada mostrou para o grande público como funciona o universo da moda. Trabalhando nesse universo desde adolescente, não poderia deixar de citar esse longa como uma obra-prima. Questões como superação e empoderamento são uma espécie de estalo para quem assiste. E, claro, há o fator principal, que rendeu até indicações ao Oscar: o figurino incrivelmente invejável, que nos surpreende da primeira até a última cena”
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“Os Delírios de Consumo de Becky Bloom conta a história de uma mulher viciada em compras de roupas e acessórios que começa a trabalhar em uma revista sobre finanças pessoais. Enquanto sua carreira decola, sua conta bancária vai despencar por causa de suas dívidas. Nem preciso contar que o filme trata de questões com as quais várias pessoas podem se identificar, mas o principal fato de ter entrado na lista é a variação de looks impecáveis da protagonista”, indica
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“Baseado no livro bastante famoso de Sophia Amoruso, criadora de Nasty Gal, a série original da Netflix explora o começo da jornada da fashionista na criação da conhecida loja de roupas vintage. Destaque: a série é uma obra linda no que diz respeito a figurino. Infelizmente, foi cancelada logo na primeira temporada, mas para quem se interessar: ainda dá para assistir no streaming!”, aponta
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“One Day at a Time é uma série de televisão norte-americana de comédia e drama no formato de sitcom. Aqui eu fujo da minha zona de conforto. A trama não fala sobre o universo da moda, mas ressalto a importância dela pela forma didática com que aborda questões sociais como xenofobia, depressão e, principalmente, o feminismo”
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O cerimonialista Tuller Lacerda afirma que, em tempos quando consciência política é mais importante do que nunca, o livro Toda Mafalda é uma ótima opção. Ele também recomenda uma obra do filósofo alemão Arthur Schopenhauer: 38 Estratégias para Vencer Qualquer Debate. Para quem prefere assistir a alguma coisa, ele indica o clássico À Procura da Felicidade e a série Elite, disponível na Netflix.
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Toda Mafalda
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Partindo dos escritos do pensador alemão Schopenhauer, a obra desenvolve, em sua dialética erística, 38 estratégias sobre a arte de se vencer um oponente num debate, não importando os meios. E, para isso, mostra os ardis da maior ferramenta que todos possuímos, a palavra
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“É uma espécie de Gossip Girl à mexicana. A trama mistura suspense com ambição e outros sentimentos entre um grupo de estudantes, além de abordar de forma crua e ácida temas como Aids, preconceitos, relacionamentos abertos e várias nuances”, resume
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Chris Gardner enfrenta uma vida difícil. Despejado de seu apartamento, este pai solteiro e seu filho não têm onde morar. Chris consegue um estágio não remunerado em uma firma de prestígio. Sem dinheiro, os dois são obrigados a viver em abrigos, mas Chris está determinado a criar uma vida melhor para ele e seu filho
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Quem segue Vanessa Vasconcelos nas redes sociais sabe que a influenciadora é fã da cantora Anitta. Por isso, sua primeira aposta é Vai Anitta, documentário que mostra os bastidores da vida da artista. Ela ainda recomenda Peaky Blinders, Aquaman e o vencedor do Globo de Ouro 2019 de Melhor Filme, Bohemian Rhapsody.
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“Gostei muito de Vai Anitta. Descobri por meio do perfil dela, e o que me atraiu foi ver o lado empresário e a superação e força de vontade que ela demonstra. Muitas pessoas a julgam por causa de sua origem humilde e pelo ritmo que ela canta, mas não analisam o todo”, defende
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“Outra série da Netflix que eu gosto muito é Peaky Blinders. A história se passa na pós-Revolução Industrial e tem muita ação. O que mais me encanta é a trilha sonora e a fotografia. É quase um filme de justiceiro de antigamente. Para quem gosta de filmes de bandido e mocinho e de época, tem muito a ver”
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Jason Momoa respondeu com estilo a nova polêmica de Hollywood
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“Achei Bohemian Rhapsody interessante para conhecer um pouco da história da banda Queen e da figura do Freddie Mercury. Fala muito sobre o preconceito da época por ele ser homossexual e, posteriormente, ter contraído HIV. Foi muito engrandecedor para mim conhecer o desafio dele perante a família e os preconceitos”
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Cinéfilo, Leonardo Resende optou por incluir quatro filmes em sua seleção. De ação a animação, ele mostra que bom conteúdo pode ser encontrado nos mais variados gêneros. Suas escolhas foram Divertida Mente, Guardiões da Galáxia Vol. 1, Stardust – O Mistério da Estrela e Os Fantasmas se Divertem.
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“Não é porque é um nicho feito para crianças que não pode abordar temas mais delicados. Divertida Mente é exatamente sobre como a depressão chega. Para os pequenos, é colorido e a diversão é garantida. Mas, para os pais, esta animação da Pixar é uma excelente sessão de terapia”, aponta
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“Talvez o filme mais democrático da Marvel até hoje seja Guardiões da Galáxia Vol. 1. Poucos os conhecem (exceto seus fãs), mas muitos se identificaram com os personagens devido ao senso de humor ácido (característica até então inédita nos filmes da produtora). Além disso, é recheado com os melhores efeitos especiais do cinema de herói. Ah, ainda existe um bônus: a trilha sonora sensacional”, exalta
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“Antes de fazer muito sucesso com Kingsman – Serviço Secreto, Matthew Vaughn fez uma ótima adaptação de quadrinhos chamada Stardust - O Mistério da Estrela. O filme conta a história de uma estrela que caiu na terra e é caçada por bruxas. Com muito alívio cômico e truques de mágica que deixariam Harry Porter feliz, este clássico da Sessão da Tarde é uma das minhas escolhas favoritas e talvez meu melhor comfort movie”
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“Cresci vendo Sessão da Tarde praticamente todos os dias. E, para minha sorte, Os Fantasmas se Divertem marcou minha infância devido ao terror cômico e aos efeitos práticos de Tim Burton”, finaliza
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