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Saiba tudo sobre o Phexxi, gel anticoncepcional sem hormônio

Especialistas explicam a eficácia do método contraceptivo, além dos prós e contras. Descubra!

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@phexxi/Instagram/Reprodução
Mulher segurando produto anticoncepcional
1 de 1 Mulher segurando produto anticoncepcional - Foto: @phexxi/Instagram/Reprodução

Desbravar o universo dos métodos contraceptivos nem sempre é uma tarefa fácil. Há diferentes opções no mercado, mas dúvidas relacionadas às melhores formas de prevenção ainda persistem. Conforme o Metrópoles divulgou em maio de 2020, a agência federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos aprovou o Phexxi, um gel anticoncepcional sem hormônios lançado na época. O fármaco tem ganhado popularidade nos últimos tempos.

Diante disso, a coluna Claudia Meireles mergulha ainda mais nesse assunto para explorar a opinião de especialistas renomados a respeito do produto.

Veja:

Para começar…

O Phexxi, diferentemente de alguns outros métodos contraceptivos, foi projetado para ser usado “sob demanda”, ou seja, somente na hora das relações sexuais. Ou seja, não há inserção semipermanente única, como o DIU, ou a necessidade de se lembrar de tomar uma pílula diária, o que parece ser muito interessante. O gel é inserido na vagina com a ajuda de um aplicador cerca de uma hora antes de fazer sexo. O efeito é imediato.

O item é comercializado nos Estados Unidos pela biofarmacêutica Evofem Biosciences. Embora a empresa tenha previsto que a chegada do produto no Brasil não fosse demorar, ele ainda não está à venda em solo nacional.

O gel está disponível apenas mediante receita médica. Diferentemente de como ocorre por aqui, o custo do item no território americano depende do seguro de saúde de cada pessoa, da mesma forma que acontece com a maioria dos medicamentos prescritos por lá. Segundo especialistas, o Phexxi custa cerca de US$ 300 (R$ 1.660, na cotação atual) para 12 aplicações.

A obstetra e ginecologista Tamika Cross afirmou ao portal Byrdie que o gel anticoncepcional usa ingredientes não hormonais, como ácido lático, ácido cítrico e bitartarato de potássio, para criar um ambiente que imobilize o esperma. Normalmente, quando o esperma entra na vagina, o pH vaginal aumenta. O Phexxi, por sua vez, ajuda a manter um pH vaginal mais normal ou ácido. Nesse pH mais baixo, o esperma não consegue chegar ao óvulo, onde a fertilização pode ocorrer.

A médica Sophia Yen falou ao site que enxerga o método contraceptivo como um “espermicida”. “Mas tecnicamente não mata o esperma. Em vez disso, reduz a motilidade do esperma”, acrescentou.

Para utilizá-lo, a pessoa deve preparar o aplicador (algo semelhante a um tampão) e, em seguida, inseri-lo na vagina, pressionando sua extremidade para liberar o gel. Depois, deve-se retirar o item.

Vale ressaltar que o Phexxi só é eficaz se for usado imediatamente antes do ato sexual. A cada relação, um novo aplicador deve ser utilizado, antes da ejaculação, explicou Sophia Yen. “Então, se você fizer sexo três vezes em uma noite, precisará de três aplicadores em uma noite”, esclareceu.

Alternativa aos anticoncepcionais convencionais

O método comercializado pela Evofem Biosciences é uma alternativa às pílulas anticoncepcionais hormonais. Embora elas sejam seguras, apresentam efeitos colaterais, como enxaquecas, inchaço e ganho de peso. Ainda podem aumentar o risco de problemas de saúde, como coágulos sanguíneos e pressão alta.

Pessoas fumantes ou com hipertensão, por exemplo, geralmente são aconselhadas a não tomar pílulas anticoncepcionais combinadas ou outras formas contraceptivas hormonais, conforme a médica de fertilidade Amber Klimczak disse ao Byrdie.

Pílula anticoncepcional
As pílulas anticoncepcionais costumam causar efeitos colaterais no organismo

É seguro? E eficaz?

De acordo com os especialistas, o Phexxi é seguro, mas traz alguns efeitos colaterais potenciais, que incluem queimação vaginal, coceira, corrimento, dor, infecções fúngicas, desconforto genital, infecções do trato urinário, vaginose bacteriana e micção dolorosa. Dessa forma, mulheres não devem fazer o uso se tiverem histórico de infecções recorrentes do trato urinário ou anormalidades do trato urinário, ou alergia a qualquer um dos ingredientes do produto.

Para a obstetra e ginecologista Tamika Cross, o gel é eficaz, mas não tão eficaz quanto alguns outros tipos de contracepção. “Quando usado corretamente, não é tão bom quanto um DIU ou implante. No entanto, pode ser mais eficiente do que o uso do preservativo sozinho”, declarou.

Segundo a empresa desenvolvedora do produto, o Phexxi é 93% eficaz quando usado conforme as instruções, e 86% com o uso típico (o que inclui momentos em que as instruções não são seguidas à risca). Logo, se o item for usado adequadamente, 7% das mulheres engravidarão, e, sem o uso perfeito, 14% engravidarão.

Por essa razão, a médica Sophia Yen sugere que o indivíduo não utilize apenas o gel, mas sim em combinação com outra forma contraceptiva, como o preservativo. “A maior desvantagem de qualquer método anticoncepcional não hormonal é um risco maior de gravidez”, opinou Yen. “Por que correr um risco de 14% quando a pílula, adesivo ou anel tem apenas 7% de risco de falha?”, completou a especialista.

Atenção!

Outra recomendação dada pelos profissionais da ginecologia é não utilizar o Phexxi caso esteja usando um anel vaginal, pois o produto pode diminuir a eficácia desta forma contraceptiva.

O que achou do Phexxi? Será que o método seria bem aceito no Brasil? Na dúvida, converse sempre com um médico especialista!

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