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Saiba quanto custa a monarquia britânica aos cofres britânicos

A morte da Rainha Elizabeth reacendeu o debate sobre a importância da realeza em pleno século 21

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Chris Jackson/ Getty Images
Família real
1 de 1 Família real - Foto: Chris Jackson/ Getty Images

A família real, conhecida por sua pompa, tradição e um papel simbólico significativo, continua a ser um tópico de interesse e debate na sociedade britânica. Enquanto a monarquia desempenha um papel fundamental na cultura do Reino Unido, muitos cidadãos se perguntam quanto custa manter essa instituição.

A morte da Rainha Elizabeth reacendeu o debate sobre a importância da realeza em pleno século 21, principalmente após seu funeral custar 161 milhões de libras (R$ 971 milhões), valor divulgado pelo Tesouro do Reino Unido. Outro gasto recente foi a coroação do rei Charles III, que ficou em 100 milhões de libras (R$ 650 milhões). 

Os escândalos que a família real enfrenta também abala sua popularidade entre os britânicos. Entre as polêmicas, estão as atitudes do príncipe Andrew, associado ao criminoso sexual condenado Jeffrey Epstein; além de acusações de racismo feitas por Meghan Markle em entrevista à Oprah Winfrey. 

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Com a morte do pai, o rei George VI, Elizabeth voltou às pressas do Quênia para o funeral do patriarca. A mais velha das duas únicas herdeiras do trono, Elizabeth assumiu a coroa com 25 anos
Coroada em 1953, tornou-se rainha reinante de sete países independentes dos Reinos da Comunidade de Nações: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão
Já casada com Filipe Mountbatten, príncipe na Grécia e Dinamarca, ficou ao lado dele por 73 anos, até a morte do marido, em 2021
Juntos, tiveram quatro filhos: Carlos, Príncipe de Gales; Ana, Princesa Real; o príncipe André, Duque de Iorque; e o príncipe Eduardo, Conde de Wessex. Na imagem, o príncipe Charles aparece no fundo do carro com sua mãe e irmã, princesa Anne, em 1953
Na famosa sacada do Palácio de Buckingham, a soberana apresentou todos os sucessores ao trono. Na imagem, apresenta o caçula, o príncipe Edward
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Com a morte do pai, o rei George VI, Elizabeth voltou às pressas do Quênia para o funeral do patriarca. A mais velha das duas únicas herdeiras do trono, Elizabeth assumiu a coroa com 25 anos

PA Images via Getty Images
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Coroada em 1953, tornou-se rainha reinante de sete países independentes dos Reinos da Comunidade de Nações: Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Paquistão e Ceilão

The Print Collector/Getty Images
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Já casada com Filipe Mountbatten, príncipe na Grécia e Dinamarca, ficou ao lado dele por 73 anos, até a morte do marido, em 2021

@theroyalfamily/Reprodução/Instagram
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Juntos, tiveram quatro filhos: Carlos, Príncipe de Gales; Ana, Princesa Real; o príncipe André, Duque de Iorque; e o príncipe Eduardo, Conde de Wessex. Na imagem, o príncipe Charles aparece no fundo do carro com sua mãe e irmã, princesa Anne, em 1953

Hulton-Deutsch Collection/CORBIS/Corbis via Getty Images)
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Na famosa sacada do Palácio de Buckingham, a soberana apresentou todos os sucessores ao trono. Na imagem, apresenta o caçula, o príncipe Edward

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No clique, à frente, William, Charles, rainha Elizabeth, príncipe Philip, Camilla Parker e William

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A rainha nasceu em 1926. O seu reinado começou em 1952

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Charles é o herdeiro do trono britânico

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Na ordem, os herdeiros do trono britânico após Elizabeth são Charles, William e George, respectivamente

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Meghan Markle de noiva. Ao fundo, a rainha e o príncipe Philip

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A rainha Elizabeth II com os dois sucessores ao trono e as respectivas esposas

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Rainha Elizabeth e o marido, príncipe Phillip, falecido em abril de 2021

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Rainha na abertura do Parlamento, em 2021

Richard Pohle - WPA Pool/Getty Images

Segundo dados da Forbes, o patrimônio líquido da família real gira em torno dos  72,5 bilhões de libras (435 bilhões). Apenas a fortuna da rainha Elizabeth II, falecida em 2023, era estimada em cerca de 331 milhões de libras ( R$ 2 bilhões).

A Coluna Claudia Meireles traz em detalhes os gastos e ganhos da família real. Os dados foram divulgados pelo site britânico Express.

De onde vem o dinheiro? 

Os custos associados à família real são financiados principalmente pelos contribuintes britânicos. Existem três fontes principais de financiamento: o subsídio soberano (Sovereign Grant); a riqueza privada, em especial das propriedades Duchy of Lancaster e  Duchy of Cornwall; e heranças, caso do patrimônio da rainha Elizabeth

O subsídio soberano é um pagamento anual de aproximadamente 25% do lucro do Crown Estate, fundo criado pelo rei George III. Em receita líquida durante o exercício financeiro de 2022 a 2023, o Crown Estate gerou um recorde de 443 milhões de libras (R$ 2,6 bilhões). Já os valores das propriedade Duchy of Lancaster e  Duchy of Cornwall acumularam um lucro de 47,5 milhões de libras (R$ 324 milhões).

Quem paga pelas cerimônias da realeza?

A maior parte do subsídio soberano vai para manutenção de propriedades, folha de pagamento dos funcionários, viagens e hospedagem, além da realização de eventos para visitantes ilustres. 

Em eventos de impacto nacional também são retirados montantes excepcionais dos cofres do Her Majesty’s Revenue and Customs – HMRC (Receita e alfândega de sua majestade, em tradução livre), a principal autoridade tributária do Reino Unido, o equivalente a Receita Federal no Brasil.

O HMRC é o responsável pela cobrança de impostos, pelo pagamento de algumas formas de apoio estatal e pela administração de outros regimes regulatórios.

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Arcebispo de Canterbury, Justin Welby
Charles e Camilla saem do Palácio de Buckingham em direção à Abadia de Westminster
Rei Charles III e rainha Camilla a caminho da Abadia de Westminster
Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, e Sophie Grégoire Trudeau
Primeiro-ministro da Inglaterra, Rishi Sunak,e Akshata Murthy
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Cerimônia de coroação do rei Charles

Kirsty Wigglesworth - WPA Pool/Getty Images
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Arcebispo de Canterbury, Justin Welby

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Charles e Camilla saem do Palácio de Buckingham em direção à Abadia de Westminster

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Rei Charles III e rainha Camilla a caminho da Abadia de Westminster

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Justin Trudeau, primeiro-ministro do Canadá, e Sophie Grégoire Trudeau

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Primeiro-ministro da Inglaterra, Rishi Sunak,e Akshata Murthy

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A primeira-dama do Brasil, Janja, na coroação do rei Charles III

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O presidente Lula com o presidente da França, Emmanuel Macron

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A cantora Katy Perry e o editor-chefe da Vogue Britânica, Edward Enninful

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Lionel Richie na Abadia Westminster Abbey

Gareth Cattermole/Getty Images
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Rei Felipe VI a Spain e rainha Letizia da Spain acompanhados do rei Philippe da Bélgica e a rainha Mathilde da Bélgica

Jeff J Mitchell/Getty Images

Lucros x gastos da família real

Um dos argumentos em favor da monarquia é o impacto positivo que ela tem no turismo e no comércio. As propriedades históricas da coroa, como o Palácio de Buckingham e a Torre de Londres, atraem milhões de visitantes todos os anos, gerando receita para a economia do Reino Unido.

Além disso, a família real britânica é uma das marcas mais reconhecíveis do mundo, o que impulsiona o turismo e as exportações britânicas. Produtos associados à realeza, como lembranças e moda, são vendidos em todo o mundo.

De acordo com a Brand Finance, consultoria especializada em avaliação de marcas, a família real deve arrecadar 2,3 bilhões de libras (R$ 13,8 bilhões) para o Reino Unido ao longo deste exercício financeiro. A coroação do rei Charles III pode ter influenciado no lucro do ano. 

rei charles III e a rainha camilla no dia da coroação em 2023 acenando para os presentes no palácio de buckigham
Rei Charles e Camilla na varanda do Palácio de Buckingham na coroação do novo rei

Com custos que chegam a 1,3 bilhão de libras (R$ 7,8 bilhões), a Brand Finance afirma que a monarquia deve render ao país 958 milhões de libras (R$ 5,7 bilhões) até março de 2024.

O advogado britânico David Haigh defendeu que a família real é lucrativa para os cofres britânicos.

“Distribuídos entre os 67 milhões de pessoas do Reino Unido, os benefícios financeiros decorrentes da monarquia são estimados em mais de 8,50 (R$ 51) libras por pessoa, por ano, e os custos recorrentes são estimados em aproximadamente 5,50 (R$ 33) libras por pessoa, por ano”, calculou. 

Os grupos antimonarquia contestam esses valores, afirmando que, considerando os custos para os conselhos locais, as forças policiais e os custos de segurança, a família real deixa o país, na verdade, com 345 milhões de libras (R$ 2,1 bilhões) de prejuízo.

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