Saiba qual doença crônica Yasmin Brunet está tratando no hospital
Enquanto era medicada em um hospital, a modelo e ex-BBB explicou o motivo de ter perdido peso após iniciar um tratamento
atualizado
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Na última quinta-feira (31/10), Yasmin Brunet usou as redes sociais para desabafar sobre as recentes críticas que recebeu sobre seu corpo. Enquanto era medicada em um hospital, a modelo e ex-BBB explicou o motivo de ter pedido peso após iniciar um tratamento de lipedema.
Com uma foto do antes e depois do início do tratamento, Yasmin revelou que a doença crônica impacta, acima de tudo, sua qualidade de vida.
“Parece que o corpo da mulher nunca sai de cena, sempre alvo de julgamentos. Se engorda, é criticado. Se emagrece, também. Estamos sempre ‘demais’ ou ‘de menos”, escreveu.
“Com o tratamento, adquiri novos hábitos e perdi peso, mas, em vez de enxergarem saúde, surgiram críticas sobre estar ‘magra demais’, com fofocas sobre bichectomia, harmonização fácil, procedimentos estéticos e até comentários de que meu rosto estaria fino demais’. Disseram que eu estou com ‘rosto de caveira’. É sério isso?”, expôs.
Lipedema
O lipedema é uma doença crônica que acomete principalmente as mulheres. Apesar de ser frequentemente confundido com varizes ou retenção de líquidos, o quadro é caracterizado pelo depósito de gordura e inchaço localizado nas pernas e nos braços, além de dor nas áreas afetadas.
Conforme a endocrinologista Paula Pires afirmou anteriormente à coluna Claudia Meireles, o lipedema consiste em uma condição do tecido conjuntivo frouxo. “Esse é um tecido que tem muitas estruturas, tem gordura, mas também vasos, células da imunidade, células inflamatórias e fibroblastos”, falou.
Em indivíduos diagnosticados com a doença, o tecido em questão tem um aspecto mais “duro”, ou fibrosado, conforme disse a profissional. “Então, no meio dessa gordura, além de ter várias outras substâncias, há uma grande inflamação, uma gordura inflamada”, explicou.
Causas
Ainda não se sabe, ao certo, as causas do lipedema, mas a médica pontuou que há um componente genético muito grande nesse quesito. “Costumamos observar a presença da doença em vários membros da mesma família. Já existem estudos genéticos evidenciando algumas mutações e polimorfismos”, argumentou.
“Também sabemos que a condição tem muita relação com o estrógeno [um dos principais hormônios sexuais da mulher, sendo responsável pelo desenvolvimento das características físicas e órgãos sexuais femininos], tanto que o lipedema aparece ou piora em fases específicas da mulher, como puberdade, gestação e menopausa”, acrescentou.
Tratamento
As especialidades que cuidam de pessoas com lipedema, segundo Paula Pires, são endocrinologista, cirurgião vascular, nutricionista, fisioterapeuta e cirurgião plástico. Ela ressaltou que ainda não há cura para a doença, mas há tratamento. “Ele consiste na mudança do estilo de vida, perda de peso, alimentação saudável e exercícios físicos. Mas um tratamento específico para o lipedema ainda não existe”, declarou à coluna.
A endocrinologista comentou, ainda, que a cirurgia plástica com lipoaspiração é uma das soluções mais efetivas. “No entanto, tem que ter uma indicação, um acompanhamento médico”, enfatizou.
“Dieta, emagrecimento e mudança do estilo de vida melhoram os sintomas, como dor, roxos, sensação de peso e mobilidade, mas não reduzem o volume”, esclareceu a endocrinologista.
Existem, também, ferramentas aliadas, conforme listou a médica, a exemplo da drenagem linfática, da fisioterapia, das meias elásticas e das bombas pneumáticas de compressão (BCP).
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