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Saiba quais são os elementos tóxicos que mais nos cercam diariamente

Especialista revela itens que consideramos “banais” mas que podem intoxicar o corpo e trazer malefícios para a saúde em geral

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Arte com várias ilustrações de produtos tóxicos do dia a dia - Metrópoles
1 de 1 Arte com várias ilustrações de produtos tóxicos do dia a dia - Metrópoles - Foto: Metrópoles

Existem diferentes maneiras de absorção de substâncias tóxicas encontradas ao nosso redor. Infelizmente, isolar-se desses poluentes ou produtos que nos contaminam é uma tarefa, digamos, impossível. A boa notícia, porém, é que tem como prevenir.

O primeiro passo é o acesso à informação. Ter ciência do que ingerimos, aplicamos em nossa pele e até respiramos já é um bom começo. A partir disso, fazer a escolha certa acaba sendo muito mais fácil e benéfico para o organismo.

Procurado pela coluna Claudia Meireles para esclarecer quais são os elementos tóxicos que mais fazem parte de nossa rotina, o nutricionista e farmacêutico bioquímico Alessandro Palatucci Bello assegura: “Materiais nos cercam diariamente”.

Abaixo, o especialista dá alguns exemplos comuns:

1 – Microplásticos

De acordo com o profissional, os microplásticos entram no organismo provocando um processo inflamatório intenso, fazendo com que o corpo não consiga eliminá-los. “Uma pequena rachadura na superfície da panela de teflon, que é aquela que não gruda, libera mais de 9 mil partículas de microplásticos”, conta.

Leia: Novo estudo sobre microplásticos em humanos é preocupante, diz expert

Fotografia colorida mostra mão cheia de areia com microplásticos coloridos de plástico - Metrópoles
Os microplásticos estão presentes por toda parte, inclusive no interior do corpo humano

Alessandro acrescenta que as garrafas PET, quando aquecidas, visto que são compostas por polietileno, também liberam essas substâncias que acabam intoxicando o indivíduo. “Isso é um alerta para quem costuma deixar essas garrafinhas no carro”, observa.

2 – Alumínio

O alumínio está presente em vários produtos do dia a dia, a exemplo dos desodorantes antitranspirantes. “O nosso corpo acaba absorvendo o alumínio pela pele e, devido à grande quantidade do material, acaba se intoxicando”, diz.

Leia: Abandone os desodorantes! Expert decifra por que eles são tóxicos

Para o nutricionista, esse contato traz malefícios para o organismo, desencadeando, por exemplo, problemas cognitivos, ou até mesmo contribuindo para o desenvolvimento de doenças como câncer. “Há estudos, ainda, que mostram que essas absorção interfere, inclusive, na fertilidade”, comenta.

3 – Mercúrio

O mercúrio também pode inflamar e intoxicar o corpo, segundo Alessandro, por ser altamente absorvível pela barreira hematoencefálica. “Isso traz danos aos sistemas nervoso, gastrointestinal, respiratório e renal, por exemplo, trazendo sintomas como fraqueza, cansaço frequente, perda de apetite, dentes frágeis e irritação cutânea”, fala.

Peixes congelados - Metrópoles
A presença de mercúrio em peixes é um problema para as pessoas que os consomem, especialmente mulheres grávidas

Uma sugestão bastante valiosa compartilhada pelo farmacêutico é o consumo de coentro ou clorela, ingredientes que conseguem absorver mercúrio e fazer a sua eliminação. “Quando falamos em contaminação de metais pesados, temos que pensar na quelação. Existem vários ativos que são quelantes, como zinco e vitamina C. Eles acabam ajudando a capturar esses metais e a eliminá-los”, justifica.

4 – Chumbo

O chumbo é mais um material que integra a lista de elementos tóxicos para o organismo. O especialista garante que é possível encontrá-lo principalmente em maquiagens. “Ele dá aquela cor mais intensa do vermelho ao batom, por exemplo”, explica.

Em excesso, também ocasiona problemas cognitivos e de fertilidade, conforme elucida Alessandro. E um dos casos mais relevantes citado por ele é o processo de enlatamento do atum, quando a soldagem da lata passa a ser uma fonte de contaminação.

“A lata é composta por vários metais. Basta uma batidinha nela para liberar micropartículas de metais para dentro do alimento, ainda mais se o produto vier com água, e não com óleo, pois os metais pesados são hidrossolúveis, então eles acabam passando para o alimento”, adverte.

Para o farmacêutico bioquímico, é melhor ingerir atum em óleo do que atum sólido ao natural, visando esse cuidado. “O óleo cria uma película em volta do alimento, protegendo-o”, argumenta.

Mulher passando batom vermelho em boca - Metrópoles
Muitos batons vermelhos contêm chumbo

No entanto, essa opção é mais calórica, o que demanda um pouco mais de cautela na hora do preparo da refeição. “Tem que espremer bem e tirar todo o óleo do atum”, aconselha.

Embora liste os perigos do chumbo, Alessandro Palatucci Bello faz um adendo: “Quanto à questão das maquiagens, vale lembrar que nós temos o controle em cima desses produtos, como a atuação da Anvisa, um dos órgãos fiscalizadores mais competentes do mundo. Eles passaram por fiscalização. Opte por itens que tenham essa aprovação”, salienta.

5 – Arsênio

No ar, também fluem toxinas, especialmente por conta da poluição. O profissional menciona o arsênio, considerado um dos cinco elementos químicos mais letais do mundo, ao lado do chumbo, do tálio, do antimônio e do mercúrio.

“Esse é um elemento não essencial ao ser humano, que intoxica o corpo e traz sintomas como dor abdominal, vômitos, diarreia, vermelhidão na pele, dores musculares, fraqueza e alguns efeitos frequentes, como dormência, formigamento nas extremidades e câimbras.

Cuidados

Além de observar o logotipo da Anvisa na embalagem dos produto de beleza, o especialista ensina mais alguns cuidados para prevenir a intoxicação. O primeiro deles é evitar beber água em garrafas PET, trocando-as por opções que sejam livres de BPA. “Observe, também, quais potes de plástico podem ser congelados ou ir ao micro-ondas e quais não podem”, complementa.

Garrafa PET amassada em cima de grama - Metrópoles
Siga essas dicas e previna-se dos malefícios das substâncias tóxicas para o organismo

Obter conhecimento de onde vem o alimento a ser consumido também é uma indicação do nutricionista, bem como optar por ingredientes orgânicos. O mesmo vale para os itens de beleza.

Por fim, Alessandro recomenda estar em lugares cercados de árvores, que filtram o ar poluído, e trocar os desodorantes convencionais por alternativas sem alumínio na fórmula.

Para saber mais, siga o perfil de Vida&Estilo no Instagram.

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