Saiba quais alimentos não devem ser consumidos com café
A coluna conversou com dois nutricionistas para tentar esclarecer se o consumo do café pode interferir nos benefícios de alguns alimentos
atualizado
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Muitas vezes, uma xícara de café pode ser a melhor maneira para começar o dia com mais energia ou para dar aquela pausa necessária durante a tarde. Apesar de garantir diversos benefícios para a saúde, o site Health revelou que certos alimentos devem ser evitados quando consumidos com a bebida.
Segundo a publicação, determinadas combinações comprometem a absorção de nutrientes. Para tentar esclarecer se, de fato, o consumo do café pode interferir nos benefícios de alguns alimentos, a coluna conversou com outros dois nutricionistas.
Frutas cítricas
Embora seja comum bebermos um gole de café e comer uma frutinha pela manhã, a nutricionista e autora no site internacional Simone Harounian revela que optar pelas frutas cítricas não é uma boa ideia.
De acordo com a publicação, frutas como laranja, tangerina e kiwi têm características ácidas e, quando consumidas com café, podem favorecer o desenvolvimento do refluxo gastroesofágico.
A nutricionista Thaiz Brito, colunista do Metrópoles, explica que misturar dois alimentos ácidos nem sempre pode acarretar em problemas graves.
“O desenvolvimento dessas doenças também depende do grau de sensibilidade do estômago do indivíduo ou se ele sofre de doenças gastrointestinais. A combinação de dois produtos ácidos pode, sim, agravar alguns sintomas. Ainda que a pessoa seja saudável, o ideal é não exagerar no café e, principalmente, evitar a bebida em jejum.”
Leite
Uma revisão acadêmica publicada pelo The Journal of AOAC International, em 2019, demonstrou que adicionar leite ao café reduz as propriedades antioxidantes dos polifenóis da bebida, que ajudam o corpo a combater os radicais livres.
Além de comprometer as qualidades nutricionais do café, essa clássica combinação interfere na absorção do cálcio presente no leite. Para Thaiz, a presença da cafeína e dos taninos na bebida é o que favorece o atraso na absorção do cálcio.
Apesar disso, o nutricionista Matheus Maestralle chama atenção para as preocupações exageradas. “Se a alimentação diária estiver com uma boa e equilibrada oferta desses micronutrientes, essa influência acaba não sendo relevante na prática. No caso de deficiência de alguns desses micronutrientes, a suplementação por fora pode ser uma boa saída”, comenta.
Cereais matinais
Ainda segundo a publicação da Health, alguns cereais matinais que garantem em sua fórmula maior presença de vitaminais e minerais essenciais, como zinco, também podem perder um pouco da função caso sejam consumidos juntos da bebida.
Uma pesquisa da Nutrients indicou que a cafeína pode interferir na biodisponibilidade do zinco, um mineral essencial para a função imunológica do corpo e para o desenvolvimento cognitivo.
Carnes vermelhas
Segundo o site Health, a carne vermelha é uma ótima fonte de ferro heme para o organismo. Ao analisar os nutrientes que são afetados pelo consumo da bebida, uma pesquisa publicada pelo Chonnam Medical Journal revelou que a absorção de ferro nas refeições tinham uma diminuição de cerca de 39%, após o consumo do café.
“Para quem precisa melhorar a ingestão de ferro, o ideal é evitar beber café nas refeições com grande quantidade desse mineral, como por exemplo na hora do almoço”, comenta Thaiz.
Pensando nas pessoas que não deixam de lado a xícara de café, Maestralle revela que “se o foco é a ingestão de ferro, cálcio, vitamina C e D, o ideal é consumir o café cerca de 30 a 40 minutos antes ou depois de uma refeição”.
Alimentos fritos
Outro aspecto discutido pela nutricionista Simone Harounian foi a combinação de alimentos gordurosos e o hábito de beber café. Segundo a publicação, beber três ou mais xícaras de café por dia pode aumentar os níveis de colesterol “ruim”, o LDL e diminuir o colesterol “bom”, o HDL.
Os dois colesteróis estão associados à saúde do coração. Quando é observado o consumo frequente do café junto a alimentos fritos, por exemplo, a especialista revela um maior risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
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