Saiba o que é vitiligo, doença do filho de Kim Kardashian e Kanye West
Em conversa com a coluna Claudia Meireles, uma dermatologista explica como identificar e tratar a condição
atualizado
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Recentemente, a socialite Kim Kardashian revelou que um de seus filhos com Kanye West tem vitiligo. Durante uma entrevista com o médico Thaïs Aliabadi e Mary Alice Haney, a beldade descreveu os sintomas da condição e aproveitou para questionar ao especialista se doenças autoimunes poderiam ser passadas para os filhos ao serem apresentadas de maneiras diferentes, o que ele confirmou que sim.
Mas afinal, do que se trata o vitiligo? Há tratamento?
Em conversa com a coluna Claudia Meireles, a dermatologista Luanna Caires Portela explica que vitiligo é uma condição crônica que causa a perda de pigmento na pele, resultando em manchas brancas irregulares. “Isso ocorre porque os melanócitos, as células responsáveis pela produção de melanina (pigmento da pele), são destruídos”, justifica.
De acordo com a médica, as causas exatas ainda não são completamente compreendidas, mas acredita-se que envolvam fatores autoimunes, genéticos e ambientais.
Ela acrescenta que, geralmente, a doença é identificada pela presença de manchas brancas na pele que podem aparecer em qualquer parte do corpo. “A confirmação do diagnóstico pode incluir a análise clínica e alguns casos com auxílio de exames de luz ultravioleta (luz de Wood)”, afirma.
Genética
Segundo Luanna, a genética desempenha um papel significativo no vitiligo. “Pessoas com histórico familiar da doença têm maior probabilidade de desenvolvê-la”, pontua. No entanto, a presença de genes associados não garante que desenvolverá vitiligo, indicando que outros fatores também são necessários para desencadear a condição, conforme ela diz.
Estresse
Outro fator que deve ser levado em consideração é o estresse emocional, o que, para a dermatologista, pode desencadear ou agravar a condição em algumas pessoas. “Embora o mecanismo exato não seja completamente compreendido, a relação entre estresse e doenças autoimunes, como o vitiligo, é reconhecida”, frisa.
Há cura?
Questionada sobre a possibilidade de cura, Luanna Caires esclarece que, atualmente, não existe uma cura definitiva para o vitiligo. No entanto, existem tratamentos que podem ajudar a restaurar o pigmento da pele ou uniformizar a coloração, segundo a profissional.
“Esses tratamentos incluem terapias tópicas, fototerapia e, em casos mais complexos, tratamentos com alguns tipos de laser e cirúrgico”, apresenta a médica.
Outra dúvida muito comum diz respeito a supostos malefícios da doença para a saúde no geral. Segundo ela, o vitiligo em si não causa problemas de saúde físicos significativos, mas pode ter um impacto emocional e psicológico profundo, afetando a autoestima e a qualidade de vida.
Já no quesito prevenção, a dermatologista ressalta que não há uma maneira conhecida de se prevenir a condição, mas a gestão do estresse e a manutenção de um estilo de vida saudável podem ajudar a reduzir os riscos de desencadeamento.
“Quem já tem o diagnóstico, deve evitar traumas ou machucados na pele, pois ele podem, em alguns casos, desencadear ou agravar o vitiligo. Isso é conhecido como o fenômeno de Koebner, onde traumas na pele, como cortes, queimaduras ou arranhões, podem levar ao desenvolvimento de novas manchas de vitiligo nas áreas lesionadas”
Luanna Caires Portela, dermatologista
Outro cuidado importante, de acordo com a especialista, é o uso de filtro solar com fator de proteção adequado, hábito essencial para proteger a cútis dos danos causados pelos raios UV, que podem agravar o vitiligo.
Manusear objetos cortantes com cuidado para evitar cortes ou arranhões e vestir roupas adequadas, que protegem durante atividades que possam causar abrasões ou traumas à pele também são recomendações da médica.
Por fim, Luanna indica evitar coçar ou esfregar vigorosamente a derme, para não causar microtraumas.
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