Saiba o que é o metaverso e o que significa para o mundo dos negócios
O metaverso é um ciberespaço no qual o usuário consegue ver e conversar com as pessoas como se estivessem fisicamente próximos
atualizado
Compartilhar notícia
O que seria o metaverso? Sabemos que ainda não existe uma definição oficial para o termo. Mas podemos descrevê-lo como um tipo de mundo digital que tenta replicar a realidade por meio de dispositivos, como os óculos virtuais. Um espaço coletivo constituído pela soma de três pilares: realidade virtual, realidade aumentada e internet. Mas calma, esses não são os únicos pontos de entrada, pois há também a blockchain, a computação de ponta e muitas outras tecnologias.
O metaverso é um ciberespaço comunitário e tridimensional no qual o usuário consegue ver e conversar com as pessoas como se estivessem fisicamente próximos, ativando com isso, de forma automática, os mecanismos inatos de polidez, civilidade e empatia. Em outras palavras, seria como se seu cérebro fosse enganado a sentir que tivesse alguém realmente ao lado, gerando, assim, uma melhor dinâmica entre os usuários.
Muito do que lemos sobre o metaverso da ficção científica tem sido bastante distópico. Acredito que precisamos imaginar como ele será para que possamos construir em direção a uma visão mais positiva do futuro, sem querer escapar da realidade. Devemos abraçá-lo e expandi-lo com conteúdo virtual e experiências que podem tornar as vivências mais gratificantes, além de nos fazer sentir mais conectados aos nossos entes queridos, mais produtivos no trabalho e, por fim, mais felizes.
Difícil ainda de imaginar? Vou tentar simplificar: pense uma jovem mulher no metaverso daqui há 10 anos. Ela acorda e começa a rotina matinal graças ao seu conselheiro de voz. Em seguida, vai ao armário e olha a versão volumétrica de si, que é como um avatar ou holograma. Depois, começa a experimentar roupas virtualmente usando aquela versão que tem todas as suas medidas. A mulher aproveita para selecionar o que ela vai usar naquele dia.
Ela pode alterar como é sua roupa, dependendo com quem ela está virtualmente — namorado, parente e colega de profissão. Interessante, não é mesmo?
Empresas
No ramo dos negócios, podemos dizer que existem inúmeras oportunidades de lucrar neste mundo virtual. Entretanto, as empresas não podem se dar ao luxo de esperar até que alguém defina o que é ou o metaverso evolua totalmente para começar a experimentar e investir nele.
Definitivamente, haverá novas métricas. Muitos empresários têm medido as novidades por curtidas, compartilhamentos e assinantes. Porém, o que isso significa quando falamos de experiências e comunidades virtuais? Você vai medir pelo número de pessoas no canal Discord? E se metade deles forem bots?
Vai ser uma evolução de aprendizado e de ter uma ideia clara do que significa sucesso com cada projeto piloto que você fizer. O que sua empresa está tentando testar e o que ela está tentando aprender? É preciso ser estratégico e realmente pensar na sua resposta ao metaverso. Se sua empresa já está imersa neste ciberespaço e se estiver fazendo uma estratégia de marketing, talvez seja interessante dar um passo para atrás e criar um planejamento holístico.
Outro ponto interessante seria como as marcas deveriam pensar sobre sua identidade no metaverso. Será que é da mesma forma que o mundo físico? Esta será a chance de se reinventar dentro desse mundo novo, ou seja, não é porque você vende um bem físico no mundo físico que precisa replicar isso da mesma maneira no metaverso.
Existem algumas maneiras de fazer isso, por exemplo, lançar uma nova marca que é colaborativa e cocriada para que a empresa não precise necessariamente se preocupar com a propriedade intelectual (PI).
Se eu pudesse dar um conselho final, caro leitor, seria: esteja pronto para começar a preparar sua empresa para o metaverso, antes mesmo dele “chegar”.
Quer aprender mais sobre essa coleção sobre metaverso que está dando o que falar? Continue acompanhando a coluna Claudia Meireles, na qual escreverei semanalmente sobre o tema, e veja mais informações no meu livro Metaverso Simplificado.
(*) Caroline Kalil é consultora de direito digital, investidora de criptomoedas, colecionadora de NFTs com certificação em KYC Blockchain Professional pela Blockchain Council, e blockchain development pela Consensys, além de autora do e-book O Metaverso Simplificado