Saiba como não passar mal com bebida alcoólica no Réveillon
O médico Adriano Moraes explica sobre o consumo de bebidas alcoólicas e faz um alerta quanto aos “remédios milagrosos” para curar ressaca
atualizado
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Na noite de Réveillon, um indivíduo pode começar os “trabalhos” com um pouco de vodca e, em seguida, brindar com os amigos com uma dose de tequila. Há quem defina que os melhores drinques são com gin tônica, enquanto outros batem na tecla que o uísque supera as outras bebidas alcoólicas. Na hora da virada, a tradição é o espumante. Na festa da virada, algumas pessoas podem ter ingerido também vinho, cerveja e cachaça.
O resultado dessa mistura de bebidas alcoólicas pode ser uma ressaca no dia seguinte ou um coma alcoólico ainda na comemoração. Para entender quais são os perigos de “tomar todas”, a coluna Claudia Meireles conversou com o médico Adriano Moraes, de Brasília. Atendendo no Hospital Sírio Libanês, ele tem especialização em gastroenterologia e pós-graduação em hepatologia pelo King’s College Hospital, da Universidade de Londres.
O médico explica o perigo de misturar bebidas alcoólicas: “Você potencializa a ação do álcool no fígado e não metaboliza adequadamente, fazendo com que a substância permaneça por mais tempo no corpo”.
Questionado sobre a partir de quantas doses de bebidas alcoólicas começa a ficar perigoso para a saúde e o indivíduo ficar prestes a ter um coma alcoólico, Adriano destaca: “A partir de 150 ml de vinho, 45 ml de destilados ou 350 ml de cerveja, já podem ser considerados consumos acima do nível tolerado pelo organismo”.
Segundo o médico, acima desses valores e a depender de cada organismo, já é válido considerar doses “deletérias à saúde”.
Precauções
Caso goste de andar com um medicamento para aliviar os efeitos do álcool no organismo, o especialista em saúde digestiva ressalta que “remédios milagrosos” são inexistentes. “Não há nada comprovado quanto ao uso de medicações como Xantinon, Engov, entre outros, reduzir a chance de você se embriagar ou ter menos ressaca“, pontua.
Adriano Moraes aconselha “ter cuidado” com a ingestão excessiva de bebidas alcoólicas. Em situações de intoxicação, o especialista orienta fazer uma hidratação abundante. “Ingerir bastante água, algumas bebidas isotônicas e água de coco”, recomenda. Ele também prescreve “dormir e repousar até sentir a sensação de restabelecimento físico.
“Consuma comidas leves, como frutas e verduras; evite alimentos gordurosos e, eventualmente, tome medicações como analgésicos e antieméticos, quando for necessário”, indica Adriano.
Coma alcoólico
Em relação ao coma alcoólico, o especialista em gastroenterologia e hepatologia detalha que a condição é um quadro agudo e grave decorrente do consumo exagerado de álcool, e se caracteriza principalmente pela perda da consciência. Outros sintomas são a sonolência excessiva, confusão mental e redução da frequência cardíaca.
Antes de um indivíduo entrar em coma alcoólico, os estágios anteriores costumam ser excitação, alegria, exacerbação e, posteriormente, confusão e agressividade. “Por fim, surge a letargia aguda”, aponta Adriano.
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