Rogério Rosso revela detalhes do futuro Memorial Internacional da Água
Dedicado à água, novo monumento brasiliense será construído ao lado da Concha Acústica com apoio de países, universidades e instituições
atualizado
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Uma das obras que Oscar Niemeyer projetou para a capital da República, mas que ainda não foi implantada, é o Memorial Internacional da Água, o MINA. A boa notícia para todos os brasilienses é que, finalmente, esse projeto sairá do papel.
Em conversa com a Coluna Claudia Meireles, o diretor da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), Rogério Rosso, revelou, em primeira mão, detalhes do novo monumento a ser construído na cidade. Ele adianta: a tão almejada obra de Niemeyer será levantada ao lado da Concha Acústica, às margens do Lago Paranoá. “O governador Ibaneis cedeu uma área muito nobre ao lado do Museu de Arte de Brasília (MAB), um lugar lindo, pertíssimo da água”, comentou.
O MINA será não apenas um museu, mas também um centro de estudo em recursos hídricos, um anfiteatro e exibirá exposições internacionais dos países que têm tecnologia e são referências no tratamento de água e no saneamento. “Ibaneis deu o sinal verde para a Adasa implantar o Memorial Internacional da Água, só que com a premissa da não utilização de recursos públicos”, disse Rosso.
Segundo o diretor da agência reguladora, a iniciativa apostará na parceria com países, institutos, universidades e organismos internacionais. “Estamos fazendo várias reuniões com vários países e muitos já demonstraram interesse no projeto. Eles vão entrar com suas parcerias e, até final de junho, pretendemos já ter os primeiros países parceiros e fundadores desse projeto”, afirmou.
O desenho de Oscar Niemeyer foi feito no final dos anos 1990 e início dos anos 2000. “À época, ele foi idealizado pela Caesb (Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal), mas ficou na gaveta”, explicou Rogério Rosso. “Com sua sensibilidade apurada, o governador Ibaneis delegou à Adasa a condução desse projeto, o que é uma novidade em Brasília, porque será feito com recursos e fundos dos países participantes que têm uma preocupação com o futuro desta e das próximas gerações, no que tange a questão da água”, continuou.
“Será um museu lindo, aberto ao público. Ao longo do ano inteiro, ele terá mostras e apresentações de tecnologia e de inovação, de como os países cuidam de suas águas, como eles tratam os recursos hídricos, do saneamento, isso tudo de forma permanente”
Rogério Rosso, diretor da Adasa
De acordo com Rosso, o espaço também proporcionará capacitação e formação de alto nível em água, recurso hídrico, clima, engenharia ambiental, entre outros temas. “É uma espécie de Nações Unidas pela água”, descreveu.
Ele ainda lembrou que o Brasil tem 12% das reservas hídricas de água doce do planeta. “E Brasília, a capital do país, cujo os prédios foram feitos pelo genial Niemeyer, posso dizer que o destino fez com que ele deixasse essa obra para nós”, celebrou Rosso.
Criada por Gilberto Antunes, a maquete do MINA foi apresentada pela primeira vez na última terça-feira (12/3), durante o Conexão Brasília Museu Aberto 2024 na embaixada de Portugal. Na ocasião, o autor, responsável por quase todas as maquetes de Niemeyer, desembarcou na capital diretamente do Rio de Janeiro, onde reside.
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