Relatório pede o fim de um luxo de Meghan e Harry. Descubra qual
Um relatório publicado por cientistas pediu o fim de um hábito luxuoso dos super-ricos e dos ex-integrantes da família real
atualizado
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Quem está ligado a cada passo dado pelo príncipe Harry e Meghan Markle sabe bem que a imprensa britânica faz críticas ferrenhas aos duques de Sussex. A mídia “fala mal” de aspectos que abrangem desde as entrevistas concedidas até o nome dado pelo casal à filha. Recentemente, um especialista real descascou a dupla “com total razão”, conforme destacou a Marie Claire. Como comprovação do puxão de orelha do expert, um relatório publicado por cientistas pediu o fim de um hábito luxuoso dos ex-integrantes da família real: viagens de jatinho.
Comentarista de assuntos da realeza, Jonathan Sacerdoti foi entrevistado pelo tabloide Express e fez um apontamento importante. Ele enfatizou a contradição entre o fato de Harry levantar a bandeira do cuidado com o meio ambiente para reduzir as mudanças climáticas e, mesmo assim, o filho da saudosa princesa Diana só voar de jatinho particular. Nas últimas semanas, o príncipe firmou uma parceria com o Google a fim de incentivar o turismo sustentável.
Em setembro, criticaram o duque de Sussex por viajar em dois jatos privativos para assistir uma partida de polo. Na primeira aparição pública de Meghan e Harry após renunciarem aos cargos na monarquia, eles fizeram o trajeto ida e volta da Califórnia a Nova York em aeronaves particulares, além de alguns passeios pela Big Apple. No ano passado, a dupla recebeu o título de membros da monarquia “menos ecológicos”, devido ao hábito de luxo.
“Quando você fala sobre a urgência de mudar o comportamento humano para ajudar a combater o problemas da mudanças climáticas causadas pelo homem, e entra em um jato particular para voar pelo país para assistir a uma partida de polo, e depois voa de volta, as pessoas vão se perguntar se você está levando a sério seus próprios avisos e mensagens. Isso soou como problemático para a imagem que os duques de Sussex divulgam”, salientou Sacerdoti.
Sabe-se que os aviões, em geral, são grandes emissores de carbono na atmosfera, porém os jatos particulares atuam como um dos piores meios de transportes mais poluentes. Para esclarecer o assunto, segue uma comparação: uma única hora de viagem em uma aeronave particular chega a liberar duas toneladas de carbono no ar. Já um carro emite o dobro da quantidade, mas ao longo de um ano.
No ponto de vista de Sacerdoti, o conselho do neto da rainha Elizabeth II ecoa como hipócrita por conta dos dois usarem um avião para apenas duas pessoas: “Harry realmente deveria considerar alternativas às viagens em jatos particulares, porque praticar o que ele prega pode fazer outras celebridades megarricas sentirem necessidade de seguir o exemplo. O que fazem ou deixam de fazer têm impactos muito além de apenas eles mesmos”.
Relatório
De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), os mais ricos do mundo devem mudar radicalmente os estilos de vida em razão das mudanças climáticas. O relatório publicado no ano passado revelou que o 1% mais rico do planeta produz o dobro das emissões de carbono em relação aos 50% mais pobres. Na terça-feira (5/10), a The Times noticiou uma pesquisa de cientistas das Universidades de Oxford, Sussex e Lausanne.
No documento, os cientistas pediram aos super-ricos para deixarem de lado alguns hábitos de ostentação. “Iates de luxo, jatos particulares e outros bens intensivos em carbono usados pela ‘elite poluidora’ devem ser proibidos, ou pesadamente tributados, a fim de cumprir as metas estabelecidas para 2050”, escreveram no relatório. Segundo os especialistas, comer carne, usar carros movidos a combustível fóssil e morar em casas grandes que consomem muita energia também são escolhas problemáticas.
Os experts estudaram as “pegadas de carbono em nove países” e analisaram como os estilos de vida necessitam mudar, o quanto antes, para possibilitar o alcance da meta do Acordo de Paris, que propõe limitar o aquecimento global. “Se os mais ricos continuarem com seus estilos de vida intensivos em carbono, como alguns fizeram quando voaram em jatos particulares durante bloqueios da pandemia, isso prejudica outros esforços para uma mudança de comportamento mais ampla”, enfatizaram os cientistas.
O relatório sugere que a melhor solução para os megarricos abandonarem os “maus hábitos” é a tributação considerável sobre as atividades. Professor da Sussex University e autor de outra pesquisa a respeito do assunto, Peter Newell afirmou: “Somos totalmente a favor de melhorias tecnológicas e produtos mais eficientes, mas está claro que ações mais drásticas são necessárias porque as emissões continuam aumentando”.
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