Rei Charles faz 75 anos. Confira acertos e erros dele como monarca
Nesta terça-feira (14/11), o rei Charles brinda a chegada de um novo ciclo, o segundo como majestade e o primeiro após a coroação
atualizado
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Com exatidão, o rei Charles III está há 494 dias no comando da monarquia do Reino Unido. O atual soberano britânico esteve no papel de príncipe por sete décadas e, nesta terça-feira (14/11), completa aniversário, o segundo como majestade e o primeiro após a coroação, realizada no mês de maio.
Como acompanha todos os movimentos de Charles pelo tabuleiro chamado monarquia, a Coluna Claudia Meireles elenca alguns acertos, obstáculos e pisadas dadas em falso pelo rei. Confira!
1. Popularidade
Embora a maioria dos britânicos afirme que Charles faça um bom trabalho na Coroa, conforme publicou o jornal norte-americano The Washington Post, ele assumiu o posto deixado pela mãe, a saudosa rainha Elizabeth II, considerada uma das figuras mais populares e emblemáticas do mundo.
O tópico popularidade é sensível para o rei, visto que o seu primogênito, o príncipe William, com a esposa, Kate Middleton, aparecem nas primeiras posições de pesquisas. Mente à frente da monarquia mais famosa do globo, Charles enfrenta alguns desafios que extrapolam de suas mãos.
2. Coroação
Após 70 anos, os súditos assistiram à coroação de um monarca britânico. Antes mesmo de ascender ao cargo de soberano, ele costumava salientar a respeito de criar medidas para reduzir os gastos da família real. Entretanto, a majestade não poupou na própria cerimônia em que foi entronado.
A revista norte-americana Time apurou que a coroação atingiu o custo de 100 milhões de libras, o equivalente a R$ 600 milhões. Pelas conversões da publicação, o valor chegou a ser o dobro da solenidade feita para coroar a rainha Elizabeth II, em 1953.
3. Modernidade
Chefe da Igreja da Inglaterra — ou seja, da religião Anglicana —, Charles optou por uma coroação com a presença de diversos líderes religiosos. Na avaliação de Craig Prescott, especialista constitucional da Royal Holloway, da Universidade de Londres, a intenção do rei era deixar uma “marca” por meio da cerimônia.
“A coroação tinha a sua marca, uma mistura de tradição e do que o Reino Unido é hoje”, atestou Prescott. Ele complementou: “Tudo parece um pouco mais nítido, mais moderno”. Segundo o especialista, o soberano fez mais acenos ao mundo contemporâneo, a exemplo de trazer a questão ambiental para a celebração.
4. Ativismo controlado
De acordo com o The Washington Post, o rei Charles mantém o “ativismo público controlado”, decisão avaliada por observadores reais como equivocada. “Existe a ideia de que a neutralidade política é essencial para a sobrevivência da monarquia nos tempos modernos”, escreveu o jornal.
Para os experts em realeza, Charles erra ao adotar um ativismo controlado, pois quando príncipe sempre foi um “orador destacado” em eventos dedicados ao meio ambiente. É o caso da cúpula climática COP26 das Nações Unidas em Glasgow, na Escócia. Na função de rei, ele preferiu se ausentar da COP27 em Sharm el-Sheikh, no Egito.
“Ele é muito ativo, mas está fazendo isso de forma privada, como muitos monarcas fizeram”, mencionou o biógrafo real Hugo Vickers sobre Charles mexer os pauzinhos nos bastidores.
5. Promessas, promessas
Por anos, a imprensa bateu na tecla sobre os planos de Charles para a monarquia. A primeira meta dele envolvia diminuir as despesas na casa dos nove dígitos, porém o Tesouro do Reino Unido anunciou algo totalmente o oposto. A “matemática” apresentou números exorbitantes e com previsão de aumentar.
“Espera-se que a [retribuição financeira] aumente de 86,3 milhões de libras para 124,8 milhões de libras em 2025, e de 126 milhões de libras em 2026”, listou o Tesouro. Neste ano, o valor financiado pelos contribuintes para os membros da família real é de 86,3 milhões de libras, ou melhor, R$ 518 milhões.
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