1 de 1 O Rei Charles III cumprimenta o presidente da Ucrânia Volodymir Zelensky com um aperto de mão. Eles sorriem um para o outro em aposento do Palácio de Buckingham - Metrópoles
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Nesta sexta-feira (24/2), a guerra entre Ucrânia e Rússia completa um ano sem perspectivas de paz, conforme declararam especialistas ouvidos pelo Metrópoles em reportagem especial. À frente do trono britânico, o rei Charles III enviou uma mensagem para os ucranianos. O texto foi divulgado nas redes sociais da família real, no Instagram e no Twitter.
No discurso, Charles se compadeceu com o “povo da Ucrânia”. O rei do Reino Unido também definiu o conflito como “sofrimento desnecessário” e “tamanha tragédia humana”.
O soberano lembrou o encontro que teve com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no último dia 8. A reunião entre os dois líderes ocorreu no Palácio de Buckingham.
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A relação conturbada entre Rússia e Ucrânia, que desencadeou conflito armado, tem deixado o mundo em alerta para uma possível grande guerra
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A confusão, no entanto, não vem de hoje. Além da disputa por influência econômica e geopolítica, contexto histórico que se relaciona ao século 19 pode explicar o conflito
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A localização estratégica da Ucrânia, entre a Rússia e a parte oriental da Europa, tem servido como uma zona de segurança para a antiga URSS por anos. Por isso, os russos consideram fundamental manter influência sobre o país vizinho, para evitar avanços de possíveis adversários nesse local
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Isso porque o grande território ucraniano impede que investidas militares sejam bem-sucedidas contra a capital russa. Uma Ucrânia aliada à Rússia deixa possíveis inimigos vindos da Europa a mais de 1,5 mil km de Moscou. Uma Ucrânia adversária, contudo, diminui a distância para pouco mais de 600 km
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Percebendo o interesse da Ucrânia em integrar a Otan, que é liderada pelos Estados Unidos, e fazer parte da União Europeia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, ameaçou atacar o país, caso os ucranianos não desistissem da ideia
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Uma das exigências de Putin, portanto, é que o Ocidente garanta que a Ucrânia não se junte à organização liderada pelos Estados Unidos. Para os russos, a presença e o apoio da Otan aos ucranianos constituem ameaças à segurança do país
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A Rússia iniciou um treinamento militar junto à aliada Belarus, que faz fronteira com a Ucrânia, e invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro
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Por outro lado, a Otan, composta por 30 países, reforçou a presença no Leste Europeu e colocou instalações militares em alerta
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Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por território
AFP
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Além disso, para o governo ucraniano, o conflito é uma espécie de continuação da invasão russa à península da Crimeia, que ocorreu em 2014 e causou mais de 10 mil mortes. Na época, Moscou aproveitou uma crise política no país vizinho e a forte presença de russos na região para incorporá-la a seu território
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Desde então, os ucranianos acusam os russos de usar táticas de guerra híbrida para desestabilizar constantemente o país e financiar grupos separatistas que atentam contra a soberania do Estado
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O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários deles
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Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo
“Já se passou um ano em que o povo da Ucrânia sofreu inimaginavelmente com um ataque em grande escala não provocado à sua nação. Eles demonstraram coragem e resiliência verdadeiramente notáveis diante de tamanha tragédia humana”, iniciou o monarca.
“O mundo assistiu com horror a todo o sofrimento desnecessário infligido aos ucranianos, muitos dos quais tive o grande prazer de conhecer aqui no Reino Unido e, de fato, em todo o mundo, da Romênia ao Canadá.
No início deste mês, encontrei-me com o presidente Zelensky, no Palácio de Buckingham, para expressar meu apoio pessoal ao povo da Ucrânia. É animador que o Reino Unido, junto com seus aliados, esteja fazendo todo o possível para ajudar neste momento tão difícil.
Portanto, só posso esperar que o derramamento de solidariedade de todo o mundo possa trazer não apenas ajuda prática, mas também a força do conhecimento de que, juntos, estamos unidos.”
Guerra em números
De acordo com apuração do Metrópoles, mais de 68 mil crimes de guerra foram cometidos pelos russos. Há mais de 8 milhões de refugiados ucranianos. Ao todo, 8 mil civis foram mortos no embate, sendo que 487 são crianças, segundo dados do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.
Para reconstruir a Ucrânia, serão necessários mais de US$ 700 bilhões, o equivalente a R$ 3,5 trilhões. Ao longo do confronto, 2,3 mil instituições de ensino fora destruídas. Pelo levantamento da ONU, em torno de 21,8 milhões de cidadãos ucranianos precisam de algum tipo de assistência.