Rapamicina: veja remédio queridinho de Bryan Johnson para viver mais
Bilionário conhecido por querer voltar aos 18 anos, Bryan Johnson utiliza rapamicina para longevidade; saiba mais sobre medicamento
atualizado
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Na última quarta-feira, o bilionário de 46 anos conhecido por querer voltar aos 18 anos, Bryan Johnson, ganhou um documentário da Netflix, intitulado O Homem que Quer Viver Para Sempre. O filme mostra a rotina do empresário em busca da longevidade, inclusive a ingestão de rapamicina para viver mais.
O medicamento foi encontrado em bactérias isoladas no solo da Ilha de Páscoa, conhecida como Streptomyces hygroscopicus. A substância surgiu em 1972 e, normalmente, é prescrita para pacientes de transplante de órgãos para suprimir seus sistemas imunológicos.
De acordo com a médica com pós-graduação em nutrologia e manutenção da homeostase endócrina Elodia Avila, a rapamicina inibe uma proteína que desempenha um papel central no controle do crescimento celular, metabolismo e envelhecimento, conhecida como mTOR.
“Quando inibido, o mTOR promove processos celulares benéficos como a autofagia, um mecanismo de ‘limpeza’ das células, além de reduzir a inflamação e melhorar a homeostase metabólica”, diz ela.
Por conta dessa ação, cientistas e pessoas que buscam viver mais, como Bryan Johnson, acreditam que o medicamento pode aumentar a longevidade. “Alguns estudos levam a crer que a rapamicina tem o potencial de retardar alguns efeitos degenerativos associados ao envelhecimento”, destaca Elodia.
Tratamento com rapamicina para viver mais
No documentário, Bryan Johnson ingere 13 comprimidos da substância, mas não compartilha a frequência do tratamento que tem testado. De acordo com Elodia Avila, a dosagem e a frequência segura do medicamento para o prolongamento da vida em humanos ainda não foi estabelecida, e são necessários mais estudos.
A médica destaca que estudos em modelos animais, como camundongos e leveduras, mostram aumentos significativos na longevidade quando tratados com rapamicina. No entanto, salienta que as evidências em humanos ainda são “limitadas e inconclusivas”.
“Em animais, a rapamicina tem mostrado retardar o início de várias doenças relacionadas ao envelhecimento, melhorar a função imunológica, reduzir o risco de câncer e aumentar a expectativa em mais de 14%”, afirma Elodia Avila.
De acordo com a profissional da saúde, alguns estudos clínicos com rapamicina indicam melhorias na saúde metabólica e na função imunológica. Apesar disso, ela reforça que ainda faltam ensaios clínicos de longo prazo que confirmem o impacto direto na longevidade.
A médica ainda alerta para os problemas que podem ser causados pela rapamicina. “Está associada a diversos efeitos colaterais, principalmente devido à ação imunossupressora, como maior susceptibilidade a infecções, devido à diminuição das respostas imunes”, ressalta.
Também pode causar o aumento da glicose sanguínea, riscos cardiovasculares, dificultar a cicatrização e comprometer a função renal. Como o medicamento é potente, a rapamicina deve ser usada sob supervisão médica rigorosa, principalmente em doses altas ou em protocolos prolongados.
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