Rainha enfrentará crise se tentar salvar filho de caso de abuso sexual
Na avaliação de especialistas em assuntos da realeza, a posição da rainha Elizabeth de defender Andrew custará caro para a monarquia
atualizado
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As imprensas britânica e norte-americana têm acompanhado cada passo do processo aberto por Virginia Giuffre contra o príncipe Andrew. Vítima do pedófilo e explorador Jeffrey Epstein, ela acusa o filho da rainha Elizabeth de tê-la forçado a fazer sexo à época em que ainda era menor de idade. Na avaliação de especialistas em assuntos da realeza, a posição da soberana de defender o herdeiro custará caro para a monarquia.
Depois de semanas fugindo de advogados, Andrew aceitou a notificação do processo de abuso sexual aberto na Justiça dos Estados Unidos. O príncipe refuta as acusações de Virginia e já chegou a afirmar em uma entrevista da BBC que “não se lembrava” de tê-la conhecido. As declarações do integrante da dinastia Windsor são contestadas pela vítima, que prova o contrário com uma fotografia em que os dois estão abraçados.
De acordo com o The Telegraph, a rainha “concordou em pagar pelo fundo de defesa de Andrew”. Entretanto, a decisão não foi vista com bons olhos pelos experts reais e súditos. O jornal publicou que Elizabeth supostamente financia a batalha legal do herdeiro desde o ano passado. Ela usa o dinheiro da renda anual obtida no ducado de Lancaster. Atualmente, o valor é de 23 milhões de libras, o equivalente a mais de R$ 167 milhões.
Segundo o The Mirror, custará caro à rainha ficar do lado de Andrew, amigo de um dos pedófilos e exploradores sexuais mais famosos do mundo. Na semana passada, o príncipe adicionou à equipe jurídica a advogada Melissa Lerner. Um dos profissionais do grupo, Andrew Brettler, chega a cobrar R$ 10 mil por hora para defender o filho da soberana britânica.
No artigo lançado pelo tabloide nesta segunda-feira (4/10), o comentarista real Liam Gilliver destacou que a decisão da soberana de apoiar o filho “será um golpe para a sua popularidade”. “Como a monarca mais antiga do Reino Unido, a rainha Elizabeth dedicou sua vida ao trono e, posteriormente, ganhou adoração do público. Mas, a reputação da Coroa está no gelo fino — e a rainha não é exceção”, escreveu o expert.
Para provar a tese, Gilliver trouxe dados de um levantamento britânico sobre manter ou acabar com a Coroa britânica. “As atitudes estão mudando em relação à monarquia, como visto na pesquisa YouGov de 2021, que revelou que 41% das pessoas com idade entre 18 e 24 anos pensavam que agora deveria haver um chefe de estado eleito em vez de um rei ou rainha”, relatou o especialista.
No artigo, Liam Gilliver aproveitou o espaço para puxar a orelha da monarca do Reino Unido: “Que mensagem envia se nossa própria rainha está supostamente injetando milhões para ajudar seu filho a lutar contra uma das escravas sexuais de Epstein?”. Do ponto de vista do comentarista da realeza, o príncipe Andrew deveria “lutar as próprias batalhas” sem precisar “do colo” da mãe.
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