Rainha Elizabeth só abdicará em uma circunstância, diz especialista
Quem comentou o assunto foi o especialista Ed Owens. O primeiro na linha de sucessão ao trono britânico é o príncipe Charles
atualizado
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As atualizações do estado de saúde da rainha Elizabeth têm deixado o mundo em alerta. Com 95 anos, ela testou positivo para a Covid-19, teve um mal-estar na terça-feira (22/2) e cancelou todos os compromissos desta semana. Nos últimos meses, a monarca precisou ficar internada para “investigações preliminares” e sofreu uma torção nas costas. Diante da fragilidade da saúde da soberana de 95 anos, há quem se pergunte: ela irá abdicar?
De acordo com o especialista e historiador da realeza Ed Owens, os monarcas britânicos “dificilmente” renunciam ao posto e preferem governar até morrer. Entretanto, há um conjunto restrito de circunstâncias que podem levar o soberano a desistir do cargo. Em entrevista ao Express, o expert comentou sobre o burburinho em torno de Elizabeth desistir de comandar a Coroa britânica e tirar um tempo para descansar.
Na avaliação de Owens, é “muito improvável” que a rainha Elizabeth renuncie enquanto estiver viva, principalmente devido à palavra abdicação ser considerada “ruim” entre os integrantes da realeza. Na entrevista, o historiador argumentou: “Só um escândalo tão devastador que ameaçasse a monarquia como instituição” seria capaz de tirar a soberana do poder do trono.
“É altamente improvável [que ela abdique] a menos que um futuro monarca do Reino Unido seja fisicamente incapaz de desempenhar o papel — portanto, a abdicação pode ser considerada uma opção — ou eles trazem a monarquia em descrédito. Por exemplo, algum tipo de escândalo pessoal. Portanto, o reinante deve essencialmente ‘renunciar’ e passar o papel de monarca na esperança de garantir a sobrevivência da Coroa”, explicou Ed Owens.
Segundo o especialista, se um monarca é fisicamente incapaz de desempenhar o papel, seria mais provável que o herdeiro direto atuasse como regente. Nesse caso, o soberano continua no cargo até morrer. Se a situação vier a ocorrer com a rainha Elizabeth, o príncipe Charles assumiria a regência da Coroa britânica. Ele tem 73 anos.
O portal Express também entrevistou o historiador Andrew Lownie. Conforme esclareceu o expert, Elizabeth já atua em um período de “regência suave”. “Na verdade, Elizabeth está recuando, não fazendo muitos papéis”. O especialista prevê que a soberana irá “se aposentar de todos os cargos públicos se ficar muito doente”. “Nos compromissos em que ela deve estar presente, Charles e Camilla a acompanham”, contou.
Tabu
A palavra ou qualquer associação ao termo abdicar tornou-se um tabu na família real britânica em 1936. Na ocasião, o rei Edward VIII renunciou ao cargo para poder se casar com a norte-americana divorciada Wallis Simpson. Ele comandou o trono britânico por 326 dias e cedeu o papel de monarca ao irmão, George VI, pai de Elizabeth II. O tio da rainha foi o primeiro soberano reinante a deixar voluntariamente a função.
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