Rainha da Dinamarca, Margrethe II passa o trono para filho, Frederik X
A solenidade ocorreu no Palácio de Christiansborg, na capital Copenhague. Uma multidão pode assistir e celebrar o marco histórico
atualizado
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Após um anúncio-surpresa feito na véspera de Ano-Novo, em 31 de dezembro do ano passado, a rainha da Dinamarca, Margrethe II, abdicou o trono, neste domingo (14/1). Aos 83 anos, a monarca com o reinado mais longo do país nórdico (foram 52 anos como regente) abriu caminho para seu filho mais velho, Frederik, assumir o posto.
A solenidade ocorreu no Palácio de Christiansborg, na capital Copenhague, onde a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, proclamou o novo rei na varanda do parlamento. Uma multidão pode assistir e celebrar o marco histórico.
A esposa do novo monarca, Mary Elizabeth, o príncipe Christian, que se tornará o primeiro na linha de sucessão, e representantes do governo estiveram presentes no local.
A sucessão foi formalizada assim que Margrethe assinou a declaração da abdicação durante uma reunião do Conselho de Estado. A Dinamarca, nação de quase 6 milhões de habitantes e uma das monarquias mais antigas do mundo, não tem coroação.
Anúncio-surpresa
No último dia do ano passado, Margrethe II surpreendeu os súditos ao anunciar que iria abdicar do trono no dia 14 de janeiro. Ela se tornou a primeira monarca dinamarquesa em quase 900 anos a renunciar voluntariamente ao trono.
No passado, a rainha havia dito que permaneceria no posto por toda a vida. No entanto, segundo ela, uma grande cirurgia nas costas realizada em fevereiro do ano passado a fez considerar seu futuro.
Novo rei
Quando Frederik Andre Henrik Christian nasceu, em maio de 1968, quem estava no comando da coroa dinamarquesa era o seu avô materno, o rei Frederik IX. O primogênito de Margrethe se tornou o príncipe herdeiro antes de completar 4 anos.
Frederik recebeu educação privada no Palácio de Amalienborg. Em seguida, estudou na Normandia, região francesa. De volta para a terra natal, ele concluiu o ensino secundário. Já a graduação em ciências políticas ocorreu na Universidade de Aarhus, considerada uma das melhores do mundo.
Na juventude, o príncipe herdeiro resolveu chamar a atenção dos pais com atitudes de rebeldia, alguns episódios resultaram até em hospitalização.
“Seu estilo de vida de playboy envolvia carros esportivos velozes, viagens luxuosas ao redor do mundo, visitas frequentes a boates e uma longa lista de namoradas, incluindo modelos de lingerie e estrelas pop”, relatou o portal australiano news.com.au.
Segundo a mídia, Mary se consagrou como uma presença calmante na vida de Frederik. Os dois namoraram por um ano à distância. Em 2001, a australiana recebeu a bênção da rainha Margrethe e se mudou para Copenhague, capital dinamarquesa. Em 14 de maio de 2004, o casal trocou as alianças em uma cerimônia emocionante do início ao fim, inclusive, o príncipe não conseguiu segurar as lágrimas ao ver a amada vestida de noiva. No discurso, a alteza prometeu “proteger de todo o coração” a esposa.
Do matrimônio com Mary, Frederik tem quatro filhos: Christian, com 18 anos; Isabella, com 16; e o casal de gêmeos, Vicent e Josephine, de 12.
Para assumir o papel de monarca com excelência, Frederik concluiu o mestrado na Universidade de Harvard, nos EUA. Ele foi o primeiro integrante da realeza dinamarquesa a ter a renomada especialização. Como nasceu praticamente com a vida delineada rumo ao trono, o príncipe precisou passar por fases de treinamento militar.
O herdeiro da coroa esteve no curso no regimento mecanizado da unidade de salva-vidas da rainha e se formou como mergulhador de combate da Marinha da Dinamarca. Em relação à Força Aérea, Frederik dispõe da certificação de piloto e conquistou o título de capitão da reserva. Ele chegou a treinar como soldado e traz no currículo especializações relacionadas à defesa.
O novo rei serviu em uma missão da ONU e integra, como membro eleito, o Comitê Olímpico Internacional (COI) desde 2009. Além do dinamarquês, o príncipe fala inglês, francês e alemão. Mente à frente de uma instituição filantrópica homônima, o príncipe presta assistência para estudantes de ciências políticas e sociais.
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